segunda-feira, 22 de março de 2010

PARTE 2 = O DESTINO DA HUMANIDADE


PARTE 2

Jesus, a maior prova da economia divina.

Ele veio ao mundo atestar a economia divina ao dizer “Eu e o pai somos um”. Ele não estava exigindo para si o direito de divindade. Ninguém mais do que ele separou a pessoa da Trindade, definiu claramente os papéis de cada um no exercício da divindade. João diz claramente: No princípio era o verbo, o verbo estava com Deus e o verbo era Deus O evangelista conhecia a teoria platônica do verbo, dentro dos dois universos: o fenomenal e o ideal. O verbo segundo Platão era um ser que transitava entre os dois universos, o fenomenal que é esse onde vivemos e o ideal onde habita Deus. Somente o Verbo poderia visitar os dois universos, era uma espécie de homem-Deus, o que para João era o suficiente para identificar com a figura de Jesus. Então segundo João “no princípio era Jesus, Jesus estava com Deus e Jesus era Deus. Notemos na harmonia das pessoas da Trindade não há três deuses e sim um Deus que era o Pai, o seu filho, e uma entidade feminina que era o E. Santo. Paulo descreve com sutileza profunda a relação de Jesus com Deus ao dizer: “o qual subsistindo em forma” de Deus, não considerou o ser igual a Deus (o que segundo Paulo seria uma forma de usurpação-Filipenses 2.6) Jesus não teve por usurpação ser Deus, mas ao dizer: eu e Pai somos um estava mostrando a harmonia que havia entre ambos, figura, aliás, que ele através de Paulo mostra a figura do casamento em que marido e mulher são apenas um, embora sejam duas pessoas. Se Jesus fosse Deus como ele poderia ter morrido?. Quando lhe perguntaram a respeito da sua vinda ele respondeu: “Daquele dia e hora, porém ninguém sabe, nem os anjos do céu,nem o filho, senão só o Pai”- Mateus 24.36 portanto apesar da extrema comunhão entre filho e Pai, há coisas do Pai que nem Jesus sabe, numa demonstração de que filho e Pai tem suas diferenças.

II - As moradas do Senhor – começa o apocalipse

João 14.2 – “Na casa de meu Pai há muitas moradas, se não fosse assim, eu vo-lo teria dito: vou preparar-vos lugar” um dos versículos mais lido, todavia mal interpretado da Bíblia. Muitos interpretam como se Jesus tivesse dito que vai nos preparar lugar. Ele afirma categoricamente que na casa do Senhor há muitas moradas e para reiterar essa verdade diz ainda que se Deus não nos houvesse preparado aí sim ele iria nos preparar lugar. A pergunta a essa altura é a seguinte: Que moradas são essas? E onde estão essas moradas?.
Ora, Deus fez o universo com bilhões de planetas e ao que parece ele só ocupou um planeta – a terra. É como se alguém que vive sozinho construísse uma casa com 80 quartos e cinqüenta salas. Será que a terra um planeta pequenino, o planeta Júpiter é noventa vezes maior que a terra, seria o único a ser habitado? Isso contraria toda a teoria da economia divina, com um desperdício de planetas desabitados. Por outro lado em Lucas 16.26 Jesus adverte para a impossibilidade de alguém aqui da terra poder se comunicar pessoas que estão no outro lado da vida. O que queremos expressar é que a terra é como um oveiro a produzir vidas que irão povoar esses planetas ou moradas segundo o linguajar de Cristo. Mas aí surgirão perguntas e problemas que serão analisados a partir dessa afirmação.

Como é que acontece o “juízo final”?

Assim como na língua hebraica não existe nem presente nem futuro no tempo em que vivemos. Toda pessoa que morre é julgada na hora e como diariamente morrem milhares de pessoas Jesus continua separando bodes de ovelhas, não há purgatório nem lugar de espera, senão Lázaro estaria esperando o julgamento final, bem como Jesus não diria ao ladrão da cruz: hoje mesmo estarás comigo no paraíso. As pessoas ao descansarem da sua vida aqui passada serão julgadas imediatamente. A própria física nos fala de dois universos: o universo matéria e o anti-matéria. Há planetas que são do universo matéria que chamamos de paraíso e o outro é universo anti-matéria cuja presença de Deus inexiste é o que chamamos de inferno.Muitos falam em ir para o céu, o que é impossível e não recebe apoio bíblico algum, o céu é a morada do altíssimo. O justo herdará a terra, paraíso visto pelo autor do Apocalipse. Imaginemos que nesses oito mil anos de existência humana o número de salvos já ocupou mais de 1.000.000 de planetas aproximadamente e da mesma sorte com os perdidos.

Como viverão as pessoas nessas moradas?

A primeira epístola de Paulo ao Corintios no capítulo 15 responde a todas as questões de como serão os corpos dos ressuscitados e sua atividades nas novas moradas. Assim como Jesus ao ressuscitar atravessou paredes só com o poder da mente, assim seremos nós. A ciência afirma que durante toda nossa existência só gastamos 20% da nossa capacidade mental o restante será gasto após a nossa resurreição. Não precisaremos de carros, telefones, e demais tecnologias nossa mente será o suficiente ainda mais que estaremos livres do ódio, do ciúme, da inveja, da ambição e outros sentimentos negativos, que nos limitam, a vida será um paraíso mesmo. A nossa vida será novamente eterna e a morte será algo abolido no paraíso. Nossa existência será tão harmônica que soará como música, aquela citada nas Sagradas Escrituras que o povo pensa que será um coral celestial dado que a música é a harmonia dos contrários nós continuaremos a ser o que somos com nossa personalidade, porém despida dos maus sentimentos.
Quando vier o fim, ou seja, quando esse “oveiro” deixar de produzir e a terra ardendo se desfizer, Jesus entregará o poder que Deus lhe deu, ele mesmo virá morar conosco e se submeterá a vontade do Pai e será como um de nós (I Corintios 15.24,28).

III - O porquê da segunda vinda de Cristo

A segunda vinda é uma oportunidade que Deus dará para o arrependimento coletivo, uma segunda e mais definitiva chance de arrependimento, muitos por certo irão se arrepender da vida que estão levando e buscarão na segunda vinda de Cristo a oportunidade de se salvar, é a longanimidade de Deus elevada ao grau máximo o que não impedirá que muitos rejeitem o Filho de Deus e prefiram à nova morada sem a presença de Deus junto a si. Jesus é bem enfático nos sinais da sua vinda buscando conscientizar o povo da necessidade de aceita-lo, mas como nos dias de Noé o povo vai rir desses sinais, como já está acontecendo em nossos dias.

IV - Homens iguais a anjos, o que é isso?

Mateus 22.30 Jesus afirma que no paraíso os homens serão iguais aos anjos. Em que sentido ele disse isso?
Primeiro, no que concerne ao poder dos anjos, seja de deslocamento, poder mental, etc.
Segundo, na parte sexual – sabe-se, segundo Freud e outros cientistas, confirmado por relatos bíblicos que o sexo tinha duas funções: a) a perpetuação da espécie, através dos filhos; b) provocar prazer para atrair o companheiro (a) e torna-lo cada vez mais próximo de si
Ora, no paraíso não haverá casamento nem sexo, porquanto não existirá mais nascimento de pessoas, nem união sexual, ficando o sexo, esta opção de prazer e origem de tantos males fora das perspectivas humanas. As pessoas podem se reconhecer, mas não haverá sentimento de posse, ciúme ou coisa semelhante.

V – A motivação da obra de Deus

Na epístola de Paulo aos Corintios capítulo 13, ele nos mostra o sentido de toda a obra de Deus. Discutindo a problemática da Igreja no que concerne aos dons mais importantes o apóstolo de um modo didático e ao mesmo tempo dialético procura explicitar o amor como o dom mais importante e quiçá o único e verdadeiro dom a ser cultivado pela igreja, coloca os demais como secundários e até descartáveis. Segundo ele, línguas, profecias, ciência e fé são importantes, mas não se igualam ao amor, faz questão no final do capítulo de mostrar que no paraíso só existirá um sentimento, o amor. Para que línguas se todos falarão um só idioma, profecia só tem valor no tempo da sua execução e no paraíso só haverá presente, as ciências já terminaram seu ciclo, não havendo mais nada a criar e a fé é para os que crerem no que vai acontecer o que não é o caso do paraíso onde tudo já aconteceu. Mas o amor não. Nele e para ele se voltam todas as nossas ações. Quem lê os versículos quatro a oito identifica o cidadão das novas moradas, aquele a ser imitado e o objeto de toda felicidade proposta por Deus para a humanidade.



ESTE ESTUDO TERMINA AQUI, LOGO MAIS TEREMOS OUTROS ESTUDOS E ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!!!

PROF. DR. JOSÉ EDNALDO CAVALCANTI (TODA OBRA FEITA POR MIM)

quarta-feira, 10 de março de 2010

O DESTINO DA HUMANIDADE

Introdução

O presente estudo visa expor de modo claro, sucinto e didático o plano de Deus para com a sua criação, que envolve também a criação do próprio universo. Através da Bíblia vamos acompanhar toda a trajetória divina na busca de realizar seu plano de construção da humanidade desde as suas origens até o final (sit) dos tempos. Para isso vamos acompanhar capítulo após capitulo o desenvolver existencial do plano divino.

I - A doutrina da economia divina – Gênesis 1.1-10

No início “criou Deus os céus e a terra” esta expressão narra tudo o que Deus imaginou para o universo, foi uma espécie de lead jornalístico, onde tudo se diz com uma frase só. Começa aí a economia divina, Ele não gastou um livro de palavras para demonstrar seu plano de criação. Fez a natureza, não por completo e deixou-a se completar aos poucos. A terra no início era líquida, como Saturno ou outros planetas do sistema solar. Aos poucos ela foi se solidificando, as árvores foram crescendo e dando seus frutos. É dito que o Espírito Santo a semelhança de uma ave quando choca, vai dando calor e organizando os ovos para propiciar um nascimento correto. Observa-se que Deus vai ordenando que a criação por si só se desenvolva e vai conferindo os resultados e dá sua nota final: “é bom”.

A criação homem

Após o termino da criação da natureza Ele, no capítulo 2 arruma um local para o homem viver, de modo que nada faltasse. E finalmente Ele cria o homem...! Ora todos os animais foram criados aos pares, mas com o homem foi diferente, criou um só completo, o que em filosofia se entende que ele criou o homem com a personalidade completa. Era hermafrodita, ou seja, ele poderia se multiplicar sozinho. Porém Deus resolveu dividi-lo em dois, tirou a parte fêmea dele e produziu a mulher. Mas ao fazer isto ele não recompôs a personalidade deixou-o divididos com meia personalidade para obrigar o homem a se unir a sua fêmea para: primeiro, voltar a ser uma personalidade completa; e segundo, para levá-los a se reproduzirem. Daí o homem foi chamado de ish e a mulher de ishar que quer dizer a do homem.

A economia demonstrada na prática – Gênesis 3.15: Romanos 5.12.

Ao pecar o homem ficou sabendo que seu pecado se estenderia ao restante da humanidade com conseqüência até na natureza. Porém acenou com a salvação através de apenas um sacrifício. O apóstolo Paulo mostra de modo simples, mas cabal, a obra de Cristo como redentora do pecado do primeiro homem. Romanos 5-8.

Velho Testamento, o memorial da economia.

Com Abraão Deus cumpriu sua promessa de transformá-lo em uma nação, mesmo na velhice do patriarca e na esterilidade de sua mulher, fez sem milagres, sem pompas nem circunstâncias. O termo milagre é visto na teologia como uma providência extraordinária, algo que só se realiza raramente e não de modo vulgar senão não seria extraordinária. Quando o povo quis enganar a Deus construindo uma torre que fosse tão alta que se Deus quisesse mandar um novo dilúvio, haja vista que eles não paravam de pecar, as águas não alcançariam a torre. Deus poderia mandar raios para destruir a torre, mas como não fazia parte da sua economia Ele simplesmente espalhou “línguas estranhas” entre o povo que falava uma só língua o que se tornou sinal de castigo aquelas línguas que separou os povos. Somente em Pentecostes é que Deus mandou línguas compreensíveis para as 13 nações que ali se congregavam, ali sim foi sinal de bênçãos. O próprio Abraão sentiu a economia divina ao convencer o Senhor a não destruir as duas cidades repletas de homossexuais se existisse um pequeno grupo que não praticasse aquele tipo de luxúria, infelizmente isso não aconteceu obrigando Deus a tomar medidas extraordinárias como destruir as duas cidades. Samuel sentiu bem de perto a economia divina a escolha de David para o reinado. Quando Deus ordenou que ele fosse à casa de Jessé escolher o rei, o profeta se queixou se as pessoas descobrissem seu intento ele poderia ser morto como traidor (I Samuel. 16.) Ora, o Senhor podia enviar seus anjos para proteger o profeta, mas Ele simplesmente ensinou um estratagema a Samuel. Ele levaria um animal e diria que iria fazer um sacrifício ao Senhor na casa de Jessé e ali aproveitaria a oportunidade para escolher o sucessor de Saul.


CONTINUA...

FIQUE ATENTO TEM CONTINUAÇÃO... VOCES VÃO GOSTAR MUITO...

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Prioridades da vida

A escala de prioridades da vida

Prioridade – esta é uma palavra chave no desempenho do nosso comportamento existencial. Na filosofia há um capítulo destinado ao estudo das prioridades é a axiologia, que no grego quer dizer valor. São denominado de valores aquilo de que mais gostamos e que nos levam ao sacrifício para obtê-los. Para melhor exemplificar temos Deus como o valor maior da maioria das pessoas, a partir de Deus a prioridade das pessoas mudam em função das circunstâncias ou de situações que nos obriguem a eleger este ou aquele valor como segundo ou terceiro na nossa vida. Podemos citar algumas escalas de valores com o objetivo pedagógico de análise.
Assim temos: Deus – dinheiro – sexo – prazer – família – profissão – moradia: Deus – moradia – dinheiro – sexo – trabalho –profissão – prazer; Deus- casa –dinheiro – sexo –prazer – status social; Sexo –dinheiro- casa – família – profissão – Deus (acreditem Deus pode vir em último lugar); Deus - igreja – família –casa – profissão – moral.
A guisa de estudo citaremos uma relação de valores ou prioridades que as pessoas elegem e que em alguns casos chegam as raias do absurdo a eleição de algumas no topo da escala. Deus- é o valor maior, sua extensão supera em muito a sua compreensão e tanto pode nos falar de uma entidade divina ou uma mera escora de segurança para situações onde não temos algo para nos segurar. Família – instituição, aliás, criada por deus, que visa agrupar e proteger as pessoas, seja através dos laços sanguíneos ou de parcerias entre pessoas que através do casamento ou de mero ajuste social a que a ela se ligam. Através dos tempos a família tem sido objeto de críticas, considerada por uns uma entidade retrógrada(veja-se Platão e alguns teóricos do marxismo) que não permite os avanços da sociedade, a evolução dos costumes e até mesmo a castração do espírito de aventura da juventude. Todavia há os que a defendem como repositório dos valores tradicionais de uma sociedade. Todo estudo histórico começa com a família como base sedimentar para se entender como os fatos se desenvolveram e os eventos aconteceram. Trabalho – “Aquele que não trabalha não coma” é a recomendação do apóstolo Paulo que se encontra na Bíblia e que reflete a verdade do nosso cotidiano. Não podemos colocar o trabalho como valor secundário em nossa vida. Não podemos nem devemos viver à custa dos outros, nem mesmo de Deus na espera de milagres. Trabalho não é castigo como vêm alguns, o trabalho quando realizado com satisfação é algo prazeroso e que segundo a medicina serve até de terapia. Marx criticava o trabalho como algo que o indivíduo fazia com salário abaixo de seu merecimento servindo como mercadoria de menor valia. Ele mesmo foi objeto dessa desvalorização vivendo grande parte de sua vida bem abaixo do seu merecimento. O trabalho suado foi o castigo que Deus deu ao homem pela desobediência cometida, castigo esse só se aplica aos que pecarem não se tornando um aplicativo universal. Igreja – uma instituição criada por Cristo com a finalidade de reunir os que se tornarem fiéis ao Senhor e mestre do cristianismo. O termo é um empréstimo da sociedade grega que chamava de Eclésia (=igreja) o ajuntamento dos cidadãos das chamadas cidades-Estado formando uma espécie de assembléia para decidir os destinos da própria comunidade. Jesus usa o termo para constituir sua igreja indicando os crentes como o conjunto de pessoas remidas por Cristo, tirada de suas casas para deliberar sobre as coisas do reino. De uma importância fundamental para a vida cristã a igreja é um valor indescartável para a sociedade, pois é ela que junto com a igreja assegura os valores morais e sociais, pilares da democracia e da convivência justa. Sexo – a partir de Freud o sexo ganhou uma importância tão grande que adquiriu status de valor. Para o “pai da psicanálise” o sexo estava entre as sete motivações do ser humano, e que a semelhança dos dez mandamentos se converte em uma motivação apenas, todas as demais motivações derivam apenas da sexual. Vista por ele como o desejo de vida eterna que se caracteriza através dos filhos o sexo origina todos os demais desejos: auto-preservação, cogitação, sociabilidade, transcendência, segurança, poder. O sexo é uma bela página de nossa vida, todavia não é o livro todo, como alguns pensam que é. Muita das aberrações sexuais tem origem no pensamento obsessivo em torno do sexo. Hodiernamente esses desvios de comportamento na área sexual, alguns com conseqüências perigosas para o próprio corpo receberam nova nomenclatura, chamam-se.
“Opções sexuais”, termo chique para designar a valha corrupção dos costumes. Que o sexo é um valor ninguém discute, o problema é a degeneração moral provocada pelo sexo. O pior é que não há repúdio aos atos sexuais desregrados, mas busca-se uma racionalização para justificar tal prática o que incentiva a sua repetição na sociedade e não a sua exclusão. O cinema colabora de modo claro e insinuante para a explosão da sexualidade desregrada do sexo, seja pregando a liberação da prática sexual desregrada seja incentivando o não respeito aos limites da sexualidade. Dinheiro – a Bíblia diz textualmente que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”, note-se que não é o dinheiro e sim o amor ao dinheiro, pois este é um valor, algo importante e nossa vida, o amor obsessivo e incontrolável ao dinheiro é que torna as coisas mais difíceis e incontroláveis. Muitos lares destruídos, inúmeros crimes cometidos, nações em guerras tudo por conta do dinheiro. Alguém já disse que o dinheiro é um bom servo, todavia um péssimo senhor. Quem sabe administrar o dinheiro ele se torna uma benção
Não só para o seu possuidor, como para uma comunidade que pode ser imensa dependendo do círculo social que se tenha. Quantas creches, quantos asilos, quantas escolas, quantos orfanatos, quantas instituições filantrópicas necessitadas de ajuda financeira, até de pequenas doações, mas o que se vê são revistas como gente, caras, festas onde a burguesia expõe sua riqueza, roupas caríssimass apenas para mostrar status num desperdício inútil de dinheiro quando há tanto o que fazer em benefício dos pobres e das instituições que vivem das ofertas. É um verdadeiro escárnio, um “arrotar” na cara do necessitado a exposição da fortuna de que alguns poucos neste país desfrutam insensíveis ao sofrimento público. É o mau uso do dinheiro desperdiçado na ostentação e no luxo. Moradia – há um ditado que diz: “quem casa quer casa”, a moradia é um valor quase inexcedível dada à busca que as pessoas que casam fazem, até parece que a moradia é o item principal da felicidade dos nubentes. Esquecem que o sustento financeiro, o relacionamento a dois, a junção de perspectiva são mais importantes que a própria moradia. A identificação religiosa que produz a paz, a perspectiva segura é algo que moradia nenhuma dá. O teto, no Brasil é a busca interminável dos casais, fazendo com que a inexistência dele provoque até separações, mutua acusação de fracasso, etc. Parece que morar bem só acontece se os dois tiverem um teto que lhes pertença. Há uma triste filosofia de que quem paga aluguel está botando dinheiro fora, já que todo mês paga e já está devendo de novo, o que é um erro, pois o pagamento do aluguel é uma garantia de moradia, “pago, mas tenho onde morar” essa é a interpretação correta da situação. Quem mora de aluguel não é obrigado a morar em local que repentinamente tornou-se inóspito, contrário a cultura do indivíduo, é só mudar, cada moradia pode tornar-se uma aventura o que enriquece as experiências, portanto há o lado bom do problema. Status social – embora não de caráter material o status social é um valor que embeleza ou que sacrifica as pessoas que o buscam. Quantas pessoas vivem atrás desse valor, sacrificando família, esquema financeiro, amizades, sonhos e quimeras na busca de ser admirado e até mesmo invejado pela vida que aparenta ter.
No interior do país essa busca é facilmente sinalizada; pessoas trocando anualmente de carros, de móveis e até de bairros para mostrar um crescimento social ou uma aproximação com pessoas de alto nível social. Elas não notam o ridículo que passam nesta busca fazendo amizade com pessoas que hipocritamente fingem aceitá-los na presença, para mostrar aversão e repúdio quando elas não estão. Essa busca acelera o processo de baixa admiração ao notar a rejeição de que são objeto e o fracasso da ostentação social. A projeção social deve ser algo espontâneo que surge da descoberta da competência e da capacidade de relacionamento do indivíduo, além de sua natural ascensão no mundo social, não é uma busca é algo que se impõe. Profissão – exercer uma profissão deve ser algo agradável, realizador da vocação pessoal, não importa qual a profissão escolhida. Para que se possa orgulhar do direito de ostentar é necessário que primeiramente se veja o valor social da mesma. Muitos escolhem a profissão pelo que ela vai render financeiramente, todavia o mais importante é o que ela vai produzir no meio social em que se vive. Se você sente, experimenta o quanto ela representa no contexto da solução de problemas com seu próximo, experimenta o sentido de gratidão das pessoas pelo que você através dela tem realizado, você descobre que escolheu a profissão certa. Muitas pessoas se decepcionam com a profissão escolhida, e nesse sentido há dois grupos distintos: a decepção pelo o que a profissão lhe rendeu economicamente; e os que descobrem sua falta de vocação para o exercício da mesma. No primeiro caso, é a falta de consciência de que profissão não existe para enriquecer as pessoas e sim de realizar o individuo do ponto de vista de sua vocação, ganhar ou não dinheiro não está relacionado com.
A profissão escolhida e sim por vários outros fatores, como oportunidade, circunstâncias culturais ou mesmo competência; no segundo, a escolha não foi ditada pela vocação e sim por outros fatores como facilidade de aprender aquela profissão que embora não seja à de preferência, mas foi à única que apareceu. Valor moral e ético – embora haja muita discussão entre o que é ético e o que é moral passaremos por cima dessas diferenças e discutiremos apenas os atos éticos e morais. Que é um valor em si não resta a menor dúvida. Tomando a moral como uma ética subjetiva e a ética como a moral objetiva entre pessoas, podemos pensar que a nossa paz de consciência só existe quando a consciência moral está em paz, com Deus e em paz consigo mesmo. Infelizmente a nossa sociedade está tão corrompida que os atos morais estão sendo vistos como “atos ingênuos” e como dizia Rui Barbosa, no seu tempo: “de tanto ver surgir às insanidades... o homem tem vergonha de ser honesto” O sacrifício da moral e da ética tem conduzido a humanidade a um processo de rebaixamento da dignidade a ponto de surgir dificuldade de análise do que é moral e o que não é. Os Códigos de Ética das profissões que deveriam ser manuais de reflexão, levando as pessoas a pensarem suas atitudes, se tornaram Códigos de Etiqueta que forçam o profissional a agir de acordo com as exigências locais ou regionais em atitudes que descartam a análise de atitudes do que se vai fazer ou não fazer, isso é obrigar o profissional a agir de acordo com os interesses de determinados grupos manipuladores do clã profissional. Na política, na esfera policial as tentações de passar por cima da ética ou da moral são enormes e com raríssimas exceções o erro de um é atribuído a todos. Estética – o valor estético é a busca do belo, que segundo S. Tomás de Aquino “o belo não é o que empolga a vista e sim o coração” ou seja, a beleza não está na aparência das coisas mas no seu interior. Um carro é belo não são por suas linhas arrojadas, suas luzes, seu painel e sim pela reação ao desgaste, sua economia de combustível e sua capacidade de força nos motores. Mas por incrível que pareça o valor estético é o mais procurado, principalmente pela chamada classe média. Os salões de beleza estão cheios de pessoas em busca da beleza, algumas estragando sua fisionomia e seu corpo. Beleza é tudo dizem alguns da alta sociedade, esquecidos de que a beleza externa é efêmera e não resiste ao tempo. A verdadeira música se caracteriza pela harmonia, seja das notas musicais, seja do conjunto de atitudes de um grupo, de uma engrenagem ou da história. A Bíblia nos fala através do Apocalipse que haverá muita música no paraíso, o que muitos interpretam como se fossem diversos corais que irão cantar o que, diga-se de passagem, é um exagero de interpretação. O que haverá sim, é uma harmonia tal de atitudes e sentimentos que parecerá música, é a esteticidade levada ao máximo. Portanto o valor estético é algo a ser procurado, porém numa realidade conceitual que exprima o ideal estético na sua verdadeira significação. Prazer – denominado de busca lúdica de divertimento (do gr. Ludos=prazer), é a procura de diversão, dentro daquilo que a vida nos oferece. Havia uma escola grega denominada de epicurista, cujo criador chamava-se Epicuro, que pregava o prazer, que erradamente se pensava que fosse voluptuosidade, ou seja, o prazer impuro da carne, do sexo sem fronteiras, erroneamente afirmo, porque não era isso que Epicuro pregava e sim o prazer espiritual. Oposta a esta escola havia a escola estóica que pregava “que o prazer afrouxa os limites morais” esta oposição defende o sofrimento como o verdadeiro motivador da moral. Devem-se buscar o prazer, a diversão, os momentos de festa, sem que isso se torne uma obsessão em nossa vida. Casais há em que por causa de festas e diversão acaba por se separar o que é lastimável, pois o prazer deve ser consumido sem o prejuízo de outrem.