quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

APRENDENDO FILOSOFIA II

Significados da filosofia

1. Filosofia como “insatisfação do saber” – Jules Lachelier
1.1. Entende-se como ultrapassagem dos limites do conhecimento
1.2. Sugere-se voto em favor do novo
1.3. Supõe-se critica ao conhecimento estabelecido
2. Como mito: funções do mito
2.1. Revelar ao mundo os mistérios, ansiedades e medo do ser humano, a função da filosofia os descobrir os mistérios do discurso humano.
2.2. Re-velar – esconder do mundo as fraquezas humanas – é função de a filosofia elaborar sistemas de pensamentos que reduzam a mensagem do orador ou autor da mensagem tornando-a esotérica e fechada ao leigo
3. Filosofia como “weltanshaunng” – posição do homem face ao mundo que ele vê:
3.1. Supõe cumplicidade com os fatos-o filosofo não é espectador é partícipe
3.2. Sugere iconoclastia, quebra de tradições, ídolos, lendas, costumes.
3.3. Sugere um environement, não apenas testemunhas, mas participante.

Características da filosofia
1. Docilidade: (uma coisa sei... é que nada sei!) – o autor desta frase foi Sócrates, o grande filósofo grego. que entendia o conhecimento como algo a vir-a-ser e nunca de forma acabada como normalmente se acha. Quem afirma que sabe de tudo quase sempre não sabe de nada.


2. Dúvida metódica – (de tudo quanto a ti disserem, duvides... para provar!) Descartes foi o autor desta máxima, oferecendo o benefício da dúvida para todas as afirmações, venham de onde vierem. Na Bíblia temos o exemplo da dúvida metódica por parte de Gideão às promessas dos anjos. Duvidar não deve ser um falta de confiança em quem afirma e sim a busca da comprovação, até em favor de quem proclama o que julga ser verdade.


3. Abertura – é o requisito exigido de quem deseja filosofar. Estar aberto a questionamentos, reposição de idéias ou pensamentos, correção de raciocínio, são algumas atitudes de quem se dispões a debater qualquer assunto. Todavia, abertura não quer dizer falta de convicção de certeza do que diz. Não podemos ficar mudando de idéia toda vez que somos questionados.
 
4. Propriedade dos termos – a língua pátria e difícil de ser dominada, os termos que usamos podem ser unívocos, dúbios, equívocos ou até de duplo ou triplos sentidos engajados no contexto em que os estamos inserindo. Por outro lado o regionalismo oferece mudanças de sentido no âmbito da cultura além do neologismo surgido com o avanço da tecnologia, daí o cuidado no uso dos termos, pois quanto maior for o nível de intelectualidade de uma pessoa mais dela se exige exatidão de pensamentos expresso nas palavras.

5. Compromisso, só com a verdade! – por ser a amante da sabedoria que se entende por correção de atitudes o praticante da filosofia tem que assumir um compromisso sério com a verdade e só com a verdade. É uma questão de atitude diante da corrupção, da mentira, do falseamento da verdade. Segundo a lógica “uma coisa é, ou não é” não pode haver meio termo. “O Senhor Jesus afirmou que o nosso falar deve ser: sim e sim, não e não” o que passasse disso seria de procedência maligna. Igualmente, isto não implica em grosseria e estupidez, há verdades que não podem ser ditas de forma direta, principalmente a quem não está em condições psicológicas de ouvi-las. No VT o Senhor Deus aconselha o profeta Nata a não dizer ao pai de Davi que sua ida a casa dele era para escolher o substituto de Saul pois se tal notícia chegasse aos ouvidos do rei as conseqüências atingiriam a diversas pessoas, mas afirmasse que sua ida era para, junto com a família de Jessé cultuar a Deus o que era verdade embora não fosse a verdade toda.

6. Clareza de pensamentos – isso era o que Ortega Y Gasset exigia de todo filósofo, o que ele denominava de cortesia. Infelizmente essa característica não é seguida pela maioria dos discípulos de Sócrates e Platão. Como dissemos na introdução, criou-se uma barreira entre os “filósofos” e a massa ignorante dos não-filósofos que é todo o resto. O bom filósofo ~ é aquele que demonstra muito conhecimento e pouco esclarecimento. Que após ouvi-lo você fica sem saber de nada, apesar da admiração pelo orador. Alguns requerem o uso de um dicionário para tentar compreender o que foi dito. Soubemos de um orador filósofo que após usar um termo inusitado usava sinônimos para explicar o exato sentido, no que foi vaiado por grande parte do auditório, vaias provenientes de filósofos mais antigos. Uma das características de Jesus era o seu discurso, que era entendido até pelas crianças.

7. Neutralidade de interpretação – o religioso lê com bastante desconfiança a obra de cientista ateu e vice-versa. Quando você vai ouvir um orador que a priori recebeu a classificação oposta aos seus padrões de cultura, dificilmente você fará uma interpretação precisa. Às vezes o preconceito racial faz com que o orador que se vai ouvir não seja bem aceito nas suas perspectivas culturais o que o leva a não interpretar com neutralidade o que se está dizendo. Esses erros são comuns nas nossas interpretações. Quantas preciosidades são encontradas nas latas de lixo de nossas pesquisas da mesma sorte podemos ouvir mensagens maravilhosas de pessoas que nem esperávamos. É de boa recomendação examinar de tudo e retermos o que é bom, segundo o apóstolo Paulo. Deus nos deu dois olhos e dois ouvidos e apenas uma boca. Dentro dessa proporção devemos pautar nossa pesquisa.

8. Correspondência entre o discurso e a fática – essa característica é tão importante que a filosofia dedica um capítulo inteiro a ela. É denominada de Ética filosófica. Faça o que eu digo e não o que eu faço essa tem sido a regra de latão da maioria das pessoas, principalmente aqueles que assumem cargos públicos. Esses discursos de candidatos são melhor exemplo dessa regra de latão. Promessas não cumpridas, princípios não seguidos fazem parte desse mosaico de enganos dos nossos homens públicos candidatos a cargos de chefia ou de liderança. O pior é que essa cobrança de coerência parte principalmente dos que não seguem a regra de ouro. Sujam as ruas e cobram do poder público a limpeza das mesmas, elogiam a honestidade, mas fazem agrado as espertezas dos filhós no trato com os coleguinhas.

9. Buscar uma práxis – é a descoberta do sentido e significado da própria existência. O dado significativo da vida é o élan, a música central de uma ópera que a motiva e conduz todos os elementos da mesma. Uma vida sem sentido nos deixa com a sensação que Hegel chamava de nihil, ou seja, que não somos nada e nem sabemos o que procuramos. Há uma indagação a ser feita todos os dias: o que estou fazendo aqui? O que é a minha vida? Para onde estou indo? A filosofia nos remete a proposta de Sto Tomás de Aquino que propõe uma revolução filosófica. É pensar a vida desde o começo, os fatos que nos levaram a isto ou aquilo. Depois vamos revendo cada ato até formarmos um conceito de nossa vida atual, aí teremos a nossa práxis de vida.

10. Distanciamento – entendemos por distanciamento o “estar na chuva e não se molhar” Para exemplo citemos uma reunião de sindicato. Nela todos estão motivados pela revolta contra os patrões, há xingamentos, palavras de baixo calão, ofensas aos chefes, etc. Todos participam do mesmo sentimento como se fosse um só. Porém há alguém que se mantém a distância que embora partilhe o mesmo sentimento não extravasa em atitudes e palavras o que está sentindo que ouve as desculpas dos patrões permitindo uma análise mais profunda dos problemas da reunião. Ela ouviu os dois lados, filtrou as querelas e pode assim fazer um juízo imparcial da problemática e oferecer soluções que possivelmente agradará os dois lados. É este distanciamento proposto pela filosofia. É estar na chuva, ou seja, fazendo parte com os outros dos debates, das lutas, das batalhas, mas sem se molhar sem ser “um Maria vai com as outras” do vernáculo popular, alguém que “segura o pau da bandeira” sem saber por que, acompanha sim, ouvindo, analisando os exageros, as provocações sem sentido para poder oferecer soluções sensatasproduto de uma mente que age livre das paixões guiada apenas pela razão.

11. Sutileza – A Bíblia nos exorta para termos cuidado com o “dia das pequenas coisas” e com razão. Quem atenta para a obra de um pedreiro fazendo o embosso de um teto, jogar a massa pra cima de modo que ela não caia em sua cabeça, vai aí jeito e a força medida do profissional competente, e que dizer da paciência de um relojoeiro, ajustar peça por peça auxiliado apenas por uma lupa em um dos seus olhos. Que dizer das pequenas maravilhas do universo, de como as aves alimentam seus filhotes, como os animais pequenos fazem para escapar dos predadores bem maiores. São essas pequenas coisas que o filósofo tem que observar, as grandes todo mundo faz, mas o ensino que as pequenas coisas nos dão são inexcedíveis. A sabedoria ancestral oriental fixa-se sempre na observação das pequenas coisas. Animais como o mosquito, o besouro são um ótimo observatório para os hindus e demais asiáticos. O Senhor Jesus era voltado para as pequenas coisas: as crianças, as sementes, o velador sobre a mesa, o pequeno grão de areia foram preciosos instrumentos pedagógicos nas mãos do sublime mestre. Cabe ao estudioso da filosofia atentar para esta característica se quiser ser bem sucedido na busca da sabedoria.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

APRENDENDO FILOSOFIA


Introdução ao estudo


        Se há algo difícil ou quase impossível é aprender filosofia, primeiro porque, quase sempre quem se propõe a ensinar pouco conhece da mesma, devido a pouca formação de filósofos e conseqüente obrigatoriedade do ensino nas escolas de ensino médio, a tarefa de ensinar ficou por conta de professores de história, sacerdotes religiosos e outras disciplinas ligadas à filosofia. No ensino médio o problema é menor, pois aluno ainda não aprendeu a essência da verdadeira filosofia, todavia quando se trata de curso superior à coisa fica feia dado que o termo filosofia é usado em quase todo o curso dando certa noção do que seja a disciplina em si,


Por outro lado há uma verdadeira “máfia” de professores de filosofia que argumentam que a filosofia se ensinada para todos irá se tornar algo vulgar fazendo-a perder o status de rainha das ciências nivelando-se por baixo com as demais disciplinas. Em terceiro lugar há entre os próprios filósofos uma certa querela na interpretação de textos de caráter pedagógico e cada autor de livro faz sua própria divisão mudando os campos pedagógicos colocando esta ou aquela parte da filosofia num campo diferente do outro autor, Em suma. Filosofia não é difícil de aprender, difícil e filtrar as idéias que os filósofos têm da parte da disciplina.

Filosofia conceitual
1.     Conceito etmológico – Pitágoras – amante da sabedoria-conta à história que um dia alguém chamou Pitágoras de sábio tendo grande mestre da matemática respondido que ele quando muito era um filósofo, um amante, um curioso a respeito da sabedoria.
2.     Conceito de amante – a palavra amor apresenta três significados:
2.1.1.  eorsw = paixão, atração física, carnal.
2.1.2.  filos = amizade, sentimento fraternal.
2.1.3.  ágpe = dar-se, dar de si em favor do objeto amado.
2.2.          Conceitos de sabedoria:
2.2.1.   Como vida correta
2.2.2.  Como interpretação da vida
2.2.3.  Como busca de significado
2.2.4.  Como pesquisa diligente da verdade
3.     Conceito didático “É uma reflexão, radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta” - Demervel Savian.
3.1.          Corolários deste conceito:
3.1.1.   Reflexão – há três sentidos para o termo reflexão
3.1.1.1.        Begenung - da língua germânica que quer dizer “debruçar-se sobre”
3.1.1.2.      Re-flexão – segundo Paul Recouer é “ver-se duplamente”
3.1.1.3.      Rerflexioni – Tomás de Aquino definia como “volta sobre o pesquisado”.
Como busca de uma nova realidade.
3.2.          Radical – busca nas origens de forma impessoal e até mesmo científica
3.3.         Rigorosa – a verdade acima de tudo
3.4.         Do conjunto – visão global do objeto da pesquisa eliminando aporias e cingindo-se as verdades.
4.     Plano tridimensional do conceito de filosofia
4.1.          1º plano – busca radical do conceito
4.2.         2º plano – busca refletiva – tentativa de encontro com o objeto da pesquisa
4.3.         3º plano – busca transcendental do conceito- encontro da pesquisa com o ser filosófico.
 
Importância da filosofia
1.     “O rei está nu" – filosofia é a criança que em sua sinceridade revela a verdade encoberta pelos preconceitos e tradições dos adultos.
2.     Reproduzir Marias e não Martas ( do evangelho = humildade)
3.     Responder a pergunta: Quem é você? E Quem sou eu?
3.,1. Resposta holística ( Tellhard Chardin) – o homem confundido com a natureza
3.2. Resposta humanística ( o centro da humanidade = existencialismo)
3.3. Resposta a Sofia:
3.3.1.azul = excessiva consciência de si – Sören Kierkegaard
3.3.2. vermelho = exagerada consciência do outro – Marx
3.4. O homem se perde na História – Hegel

CONTINUA DEPOIS....

segunda-feira, 22 de março de 2010

PARTE 2 = O DESTINO DA HUMANIDADE


PARTE 2

Jesus, a maior prova da economia divina.

Ele veio ao mundo atestar a economia divina ao dizer “Eu e o pai somos um”. Ele não estava exigindo para si o direito de divindade. Ninguém mais do que ele separou a pessoa da Trindade, definiu claramente os papéis de cada um no exercício da divindade. João diz claramente: No princípio era o verbo, o verbo estava com Deus e o verbo era Deus O evangelista conhecia a teoria platônica do verbo, dentro dos dois universos: o fenomenal e o ideal. O verbo segundo Platão era um ser que transitava entre os dois universos, o fenomenal que é esse onde vivemos e o ideal onde habita Deus. Somente o Verbo poderia visitar os dois universos, era uma espécie de homem-Deus, o que para João era o suficiente para identificar com a figura de Jesus. Então segundo João “no princípio era Jesus, Jesus estava com Deus e Jesus era Deus. Notemos na harmonia das pessoas da Trindade não há três deuses e sim um Deus que era o Pai, o seu filho, e uma entidade feminina que era o E. Santo. Paulo descreve com sutileza profunda a relação de Jesus com Deus ao dizer: “o qual subsistindo em forma” de Deus, não considerou o ser igual a Deus (o que segundo Paulo seria uma forma de usurpação-Filipenses 2.6) Jesus não teve por usurpação ser Deus, mas ao dizer: eu e Pai somos um estava mostrando a harmonia que havia entre ambos, figura, aliás, que ele através de Paulo mostra a figura do casamento em que marido e mulher são apenas um, embora sejam duas pessoas. Se Jesus fosse Deus como ele poderia ter morrido?. Quando lhe perguntaram a respeito da sua vinda ele respondeu: “Daquele dia e hora, porém ninguém sabe, nem os anjos do céu,nem o filho, senão só o Pai”- Mateus 24.36 portanto apesar da extrema comunhão entre filho e Pai, há coisas do Pai que nem Jesus sabe, numa demonstração de que filho e Pai tem suas diferenças.

II - As moradas do Senhor – começa o apocalipse

João 14.2 – “Na casa de meu Pai há muitas moradas, se não fosse assim, eu vo-lo teria dito: vou preparar-vos lugar” um dos versículos mais lido, todavia mal interpretado da Bíblia. Muitos interpretam como se Jesus tivesse dito que vai nos preparar lugar. Ele afirma categoricamente que na casa do Senhor há muitas moradas e para reiterar essa verdade diz ainda que se Deus não nos houvesse preparado aí sim ele iria nos preparar lugar. A pergunta a essa altura é a seguinte: Que moradas são essas? E onde estão essas moradas?.
Ora, Deus fez o universo com bilhões de planetas e ao que parece ele só ocupou um planeta – a terra. É como se alguém que vive sozinho construísse uma casa com 80 quartos e cinqüenta salas. Será que a terra um planeta pequenino, o planeta Júpiter é noventa vezes maior que a terra, seria o único a ser habitado? Isso contraria toda a teoria da economia divina, com um desperdício de planetas desabitados. Por outro lado em Lucas 16.26 Jesus adverte para a impossibilidade de alguém aqui da terra poder se comunicar pessoas que estão no outro lado da vida. O que queremos expressar é que a terra é como um oveiro a produzir vidas que irão povoar esses planetas ou moradas segundo o linguajar de Cristo. Mas aí surgirão perguntas e problemas que serão analisados a partir dessa afirmação.

Como é que acontece o “juízo final”?

Assim como na língua hebraica não existe nem presente nem futuro no tempo em que vivemos. Toda pessoa que morre é julgada na hora e como diariamente morrem milhares de pessoas Jesus continua separando bodes de ovelhas, não há purgatório nem lugar de espera, senão Lázaro estaria esperando o julgamento final, bem como Jesus não diria ao ladrão da cruz: hoje mesmo estarás comigo no paraíso. As pessoas ao descansarem da sua vida aqui passada serão julgadas imediatamente. A própria física nos fala de dois universos: o universo matéria e o anti-matéria. Há planetas que são do universo matéria que chamamos de paraíso e o outro é universo anti-matéria cuja presença de Deus inexiste é o que chamamos de inferno.Muitos falam em ir para o céu, o que é impossível e não recebe apoio bíblico algum, o céu é a morada do altíssimo. O justo herdará a terra, paraíso visto pelo autor do Apocalipse. Imaginemos que nesses oito mil anos de existência humana o número de salvos já ocupou mais de 1.000.000 de planetas aproximadamente e da mesma sorte com os perdidos.

Como viverão as pessoas nessas moradas?

A primeira epístola de Paulo ao Corintios no capítulo 15 responde a todas as questões de como serão os corpos dos ressuscitados e sua atividades nas novas moradas. Assim como Jesus ao ressuscitar atravessou paredes só com o poder da mente, assim seremos nós. A ciência afirma que durante toda nossa existência só gastamos 20% da nossa capacidade mental o restante será gasto após a nossa resurreição. Não precisaremos de carros, telefones, e demais tecnologias nossa mente será o suficiente ainda mais que estaremos livres do ódio, do ciúme, da inveja, da ambição e outros sentimentos negativos, que nos limitam, a vida será um paraíso mesmo. A nossa vida será novamente eterna e a morte será algo abolido no paraíso. Nossa existência será tão harmônica que soará como música, aquela citada nas Sagradas Escrituras que o povo pensa que será um coral celestial dado que a música é a harmonia dos contrários nós continuaremos a ser o que somos com nossa personalidade, porém despida dos maus sentimentos.
Quando vier o fim, ou seja, quando esse “oveiro” deixar de produzir e a terra ardendo se desfizer, Jesus entregará o poder que Deus lhe deu, ele mesmo virá morar conosco e se submeterá a vontade do Pai e será como um de nós (I Corintios 15.24,28).

III - O porquê da segunda vinda de Cristo

A segunda vinda é uma oportunidade que Deus dará para o arrependimento coletivo, uma segunda e mais definitiva chance de arrependimento, muitos por certo irão se arrepender da vida que estão levando e buscarão na segunda vinda de Cristo a oportunidade de se salvar, é a longanimidade de Deus elevada ao grau máximo o que não impedirá que muitos rejeitem o Filho de Deus e prefiram à nova morada sem a presença de Deus junto a si. Jesus é bem enfático nos sinais da sua vinda buscando conscientizar o povo da necessidade de aceita-lo, mas como nos dias de Noé o povo vai rir desses sinais, como já está acontecendo em nossos dias.

IV - Homens iguais a anjos, o que é isso?

Mateus 22.30 Jesus afirma que no paraíso os homens serão iguais aos anjos. Em que sentido ele disse isso?
Primeiro, no que concerne ao poder dos anjos, seja de deslocamento, poder mental, etc.
Segundo, na parte sexual – sabe-se, segundo Freud e outros cientistas, confirmado por relatos bíblicos que o sexo tinha duas funções: a) a perpetuação da espécie, através dos filhos; b) provocar prazer para atrair o companheiro (a) e torna-lo cada vez mais próximo de si
Ora, no paraíso não haverá casamento nem sexo, porquanto não existirá mais nascimento de pessoas, nem união sexual, ficando o sexo, esta opção de prazer e origem de tantos males fora das perspectivas humanas. As pessoas podem se reconhecer, mas não haverá sentimento de posse, ciúme ou coisa semelhante.

V – A motivação da obra de Deus

Na epístola de Paulo aos Corintios capítulo 13, ele nos mostra o sentido de toda a obra de Deus. Discutindo a problemática da Igreja no que concerne aos dons mais importantes o apóstolo de um modo didático e ao mesmo tempo dialético procura explicitar o amor como o dom mais importante e quiçá o único e verdadeiro dom a ser cultivado pela igreja, coloca os demais como secundários e até descartáveis. Segundo ele, línguas, profecias, ciência e fé são importantes, mas não se igualam ao amor, faz questão no final do capítulo de mostrar que no paraíso só existirá um sentimento, o amor. Para que línguas se todos falarão um só idioma, profecia só tem valor no tempo da sua execução e no paraíso só haverá presente, as ciências já terminaram seu ciclo, não havendo mais nada a criar e a fé é para os que crerem no que vai acontecer o que não é o caso do paraíso onde tudo já aconteceu. Mas o amor não. Nele e para ele se voltam todas as nossas ações. Quem lê os versículos quatro a oito identifica o cidadão das novas moradas, aquele a ser imitado e o objeto de toda felicidade proposta por Deus para a humanidade.



ESTE ESTUDO TERMINA AQUI, LOGO MAIS TEREMOS OUTROS ESTUDOS E ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!!!

PROF. DR. JOSÉ EDNALDO CAVALCANTI (TODA OBRA FEITA POR MIM)

quarta-feira, 10 de março de 2010

O DESTINO DA HUMANIDADE

Introdução

O presente estudo visa expor de modo claro, sucinto e didático o plano de Deus para com a sua criação, que envolve também a criação do próprio universo. Através da Bíblia vamos acompanhar toda a trajetória divina na busca de realizar seu plano de construção da humanidade desde as suas origens até o final (sit) dos tempos. Para isso vamos acompanhar capítulo após capitulo o desenvolver existencial do plano divino.

I - A doutrina da economia divina – Gênesis 1.1-10

No início “criou Deus os céus e a terra” esta expressão narra tudo o que Deus imaginou para o universo, foi uma espécie de lead jornalístico, onde tudo se diz com uma frase só. Começa aí a economia divina, Ele não gastou um livro de palavras para demonstrar seu plano de criação. Fez a natureza, não por completo e deixou-a se completar aos poucos. A terra no início era líquida, como Saturno ou outros planetas do sistema solar. Aos poucos ela foi se solidificando, as árvores foram crescendo e dando seus frutos. É dito que o Espírito Santo a semelhança de uma ave quando choca, vai dando calor e organizando os ovos para propiciar um nascimento correto. Observa-se que Deus vai ordenando que a criação por si só se desenvolva e vai conferindo os resultados e dá sua nota final: “é bom”.

A criação homem

Após o termino da criação da natureza Ele, no capítulo 2 arruma um local para o homem viver, de modo que nada faltasse. E finalmente Ele cria o homem...! Ora todos os animais foram criados aos pares, mas com o homem foi diferente, criou um só completo, o que em filosofia se entende que ele criou o homem com a personalidade completa. Era hermafrodita, ou seja, ele poderia se multiplicar sozinho. Porém Deus resolveu dividi-lo em dois, tirou a parte fêmea dele e produziu a mulher. Mas ao fazer isto ele não recompôs a personalidade deixou-o divididos com meia personalidade para obrigar o homem a se unir a sua fêmea para: primeiro, voltar a ser uma personalidade completa; e segundo, para levá-los a se reproduzirem. Daí o homem foi chamado de ish e a mulher de ishar que quer dizer a do homem.

A economia demonstrada na prática – Gênesis 3.15: Romanos 5.12.

Ao pecar o homem ficou sabendo que seu pecado se estenderia ao restante da humanidade com conseqüência até na natureza. Porém acenou com a salvação através de apenas um sacrifício. O apóstolo Paulo mostra de modo simples, mas cabal, a obra de Cristo como redentora do pecado do primeiro homem. Romanos 5-8.

Velho Testamento, o memorial da economia.

Com Abraão Deus cumpriu sua promessa de transformá-lo em uma nação, mesmo na velhice do patriarca e na esterilidade de sua mulher, fez sem milagres, sem pompas nem circunstâncias. O termo milagre é visto na teologia como uma providência extraordinária, algo que só se realiza raramente e não de modo vulgar senão não seria extraordinária. Quando o povo quis enganar a Deus construindo uma torre que fosse tão alta que se Deus quisesse mandar um novo dilúvio, haja vista que eles não paravam de pecar, as águas não alcançariam a torre. Deus poderia mandar raios para destruir a torre, mas como não fazia parte da sua economia Ele simplesmente espalhou “línguas estranhas” entre o povo que falava uma só língua o que se tornou sinal de castigo aquelas línguas que separou os povos. Somente em Pentecostes é que Deus mandou línguas compreensíveis para as 13 nações que ali se congregavam, ali sim foi sinal de bênçãos. O próprio Abraão sentiu a economia divina ao convencer o Senhor a não destruir as duas cidades repletas de homossexuais se existisse um pequeno grupo que não praticasse aquele tipo de luxúria, infelizmente isso não aconteceu obrigando Deus a tomar medidas extraordinárias como destruir as duas cidades. Samuel sentiu bem de perto a economia divina a escolha de David para o reinado. Quando Deus ordenou que ele fosse à casa de Jessé escolher o rei, o profeta se queixou se as pessoas descobrissem seu intento ele poderia ser morto como traidor (I Samuel. 16.) Ora, o Senhor podia enviar seus anjos para proteger o profeta, mas Ele simplesmente ensinou um estratagema a Samuel. Ele levaria um animal e diria que iria fazer um sacrifício ao Senhor na casa de Jessé e ali aproveitaria a oportunidade para escolher o sucessor de Saul.


CONTINUA...

FIQUE ATENTO TEM CONTINUAÇÃO... VOCES VÃO GOSTAR MUITO...

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Prioridades da vida

A escala de prioridades da vida

Prioridade – esta é uma palavra chave no desempenho do nosso comportamento existencial. Na filosofia há um capítulo destinado ao estudo das prioridades é a axiologia, que no grego quer dizer valor. São denominado de valores aquilo de que mais gostamos e que nos levam ao sacrifício para obtê-los. Para melhor exemplificar temos Deus como o valor maior da maioria das pessoas, a partir de Deus a prioridade das pessoas mudam em função das circunstâncias ou de situações que nos obriguem a eleger este ou aquele valor como segundo ou terceiro na nossa vida. Podemos citar algumas escalas de valores com o objetivo pedagógico de análise.
Assim temos: Deus – dinheiro – sexo – prazer – família – profissão – moradia: Deus – moradia – dinheiro – sexo – trabalho –profissão – prazer; Deus- casa –dinheiro – sexo –prazer – status social; Sexo –dinheiro- casa – família – profissão – Deus (acreditem Deus pode vir em último lugar); Deus - igreja – família –casa – profissão – moral.
A guisa de estudo citaremos uma relação de valores ou prioridades que as pessoas elegem e que em alguns casos chegam as raias do absurdo a eleição de algumas no topo da escala. Deus- é o valor maior, sua extensão supera em muito a sua compreensão e tanto pode nos falar de uma entidade divina ou uma mera escora de segurança para situações onde não temos algo para nos segurar. Família – instituição, aliás, criada por deus, que visa agrupar e proteger as pessoas, seja através dos laços sanguíneos ou de parcerias entre pessoas que através do casamento ou de mero ajuste social a que a ela se ligam. Através dos tempos a família tem sido objeto de críticas, considerada por uns uma entidade retrógrada(veja-se Platão e alguns teóricos do marxismo) que não permite os avanços da sociedade, a evolução dos costumes e até mesmo a castração do espírito de aventura da juventude. Todavia há os que a defendem como repositório dos valores tradicionais de uma sociedade. Todo estudo histórico começa com a família como base sedimentar para se entender como os fatos se desenvolveram e os eventos aconteceram. Trabalho – “Aquele que não trabalha não coma” é a recomendação do apóstolo Paulo que se encontra na Bíblia e que reflete a verdade do nosso cotidiano. Não podemos colocar o trabalho como valor secundário em nossa vida. Não podemos nem devemos viver à custa dos outros, nem mesmo de Deus na espera de milagres. Trabalho não é castigo como vêm alguns, o trabalho quando realizado com satisfação é algo prazeroso e que segundo a medicina serve até de terapia. Marx criticava o trabalho como algo que o indivíduo fazia com salário abaixo de seu merecimento servindo como mercadoria de menor valia. Ele mesmo foi objeto dessa desvalorização vivendo grande parte de sua vida bem abaixo do seu merecimento. O trabalho suado foi o castigo que Deus deu ao homem pela desobediência cometida, castigo esse só se aplica aos que pecarem não se tornando um aplicativo universal. Igreja – uma instituição criada por Cristo com a finalidade de reunir os que se tornarem fiéis ao Senhor e mestre do cristianismo. O termo é um empréstimo da sociedade grega que chamava de Eclésia (=igreja) o ajuntamento dos cidadãos das chamadas cidades-Estado formando uma espécie de assembléia para decidir os destinos da própria comunidade. Jesus usa o termo para constituir sua igreja indicando os crentes como o conjunto de pessoas remidas por Cristo, tirada de suas casas para deliberar sobre as coisas do reino. De uma importância fundamental para a vida cristã a igreja é um valor indescartável para a sociedade, pois é ela que junto com a igreja assegura os valores morais e sociais, pilares da democracia e da convivência justa. Sexo – a partir de Freud o sexo ganhou uma importância tão grande que adquiriu status de valor. Para o “pai da psicanálise” o sexo estava entre as sete motivações do ser humano, e que a semelhança dos dez mandamentos se converte em uma motivação apenas, todas as demais motivações derivam apenas da sexual. Vista por ele como o desejo de vida eterna que se caracteriza através dos filhos o sexo origina todos os demais desejos: auto-preservação, cogitação, sociabilidade, transcendência, segurança, poder. O sexo é uma bela página de nossa vida, todavia não é o livro todo, como alguns pensam que é. Muita das aberrações sexuais tem origem no pensamento obsessivo em torno do sexo. Hodiernamente esses desvios de comportamento na área sexual, alguns com conseqüências perigosas para o próprio corpo receberam nova nomenclatura, chamam-se.
“Opções sexuais”, termo chique para designar a valha corrupção dos costumes. Que o sexo é um valor ninguém discute, o problema é a degeneração moral provocada pelo sexo. O pior é que não há repúdio aos atos sexuais desregrados, mas busca-se uma racionalização para justificar tal prática o que incentiva a sua repetição na sociedade e não a sua exclusão. O cinema colabora de modo claro e insinuante para a explosão da sexualidade desregrada do sexo, seja pregando a liberação da prática sexual desregrada seja incentivando o não respeito aos limites da sexualidade. Dinheiro – a Bíblia diz textualmente que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”, note-se que não é o dinheiro e sim o amor ao dinheiro, pois este é um valor, algo importante e nossa vida, o amor obsessivo e incontrolável ao dinheiro é que torna as coisas mais difíceis e incontroláveis. Muitos lares destruídos, inúmeros crimes cometidos, nações em guerras tudo por conta do dinheiro. Alguém já disse que o dinheiro é um bom servo, todavia um péssimo senhor. Quem sabe administrar o dinheiro ele se torna uma benção
Não só para o seu possuidor, como para uma comunidade que pode ser imensa dependendo do círculo social que se tenha. Quantas creches, quantos asilos, quantas escolas, quantos orfanatos, quantas instituições filantrópicas necessitadas de ajuda financeira, até de pequenas doações, mas o que se vê são revistas como gente, caras, festas onde a burguesia expõe sua riqueza, roupas caríssimass apenas para mostrar status num desperdício inútil de dinheiro quando há tanto o que fazer em benefício dos pobres e das instituições que vivem das ofertas. É um verdadeiro escárnio, um “arrotar” na cara do necessitado a exposição da fortuna de que alguns poucos neste país desfrutam insensíveis ao sofrimento público. É o mau uso do dinheiro desperdiçado na ostentação e no luxo. Moradia – há um ditado que diz: “quem casa quer casa”, a moradia é um valor quase inexcedível dada à busca que as pessoas que casam fazem, até parece que a moradia é o item principal da felicidade dos nubentes. Esquecem que o sustento financeiro, o relacionamento a dois, a junção de perspectiva são mais importantes que a própria moradia. A identificação religiosa que produz a paz, a perspectiva segura é algo que moradia nenhuma dá. O teto, no Brasil é a busca interminável dos casais, fazendo com que a inexistência dele provoque até separações, mutua acusação de fracasso, etc. Parece que morar bem só acontece se os dois tiverem um teto que lhes pertença. Há uma triste filosofia de que quem paga aluguel está botando dinheiro fora, já que todo mês paga e já está devendo de novo, o que é um erro, pois o pagamento do aluguel é uma garantia de moradia, “pago, mas tenho onde morar” essa é a interpretação correta da situação. Quem mora de aluguel não é obrigado a morar em local que repentinamente tornou-se inóspito, contrário a cultura do indivíduo, é só mudar, cada moradia pode tornar-se uma aventura o que enriquece as experiências, portanto há o lado bom do problema. Status social – embora não de caráter material o status social é um valor que embeleza ou que sacrifica as pessoas que o buscam. Quantas pessoas vivem atrás desse valor, sacrificando família, esquema financeiro, amizades, sonhos e quimeras na busca de ser admirado e até mesmo invejado pela vida que aparenta ter.
No interior do país essa busca é facilmente sinalizada; pessoas trocando anualmente de carros, de móveis e até de bairros para mostrar um crescimento social ou uma aproximação com pessoas de alto nível social. Elas não notam o ridículo que passam nesta busca fazendo amizade com pessoas que hipocritamente fingem aceitá-los na presença, para mostrar aversão e repúdio quando elas não estão. Essa busca acelera o processo de baixa admiração ao notar a rejeição de que são objeto e o fracasso da ostentação social. A projeção social deve ser algo espontâneo que surge da descoberta da competência e da capacidade de relacionamento do indivíduo, além de sua natural ascensão no mundo social, não é uma busca é algo que se impõe. Profissão – exercer uma profissão deve ser algo agradável, realizador da vocação pessoal, não importa qual a profissão escolhida. Para que se possa orgulhar do direito de ostentar é necessário que primeiramente se veja o valor social da mesma. Muitos escolhem a profissão pelo que ela vai render financeiramente, todavia o mais importante é o que ela vai produzir no meio social em que se vive. Se você sente, experimenta o quanto ela representa no contexto da solução de problemas com seu próximo, experimenta o sentido de gratidão das pessoas pelo que você através dela tem realizado, você descobre que escolheu a profissão certa. Muitas pessoas se decepcionam com a profissão escolhida, e nesse sentido há dois grupos distintos: a decepção pelo o que a profissão lhe rendeu economicamente; e os que descobrem sua falta de vocação para o exercício da mesma. No primeiro caso, é a falta de consciência de que profissão não existe para enriquecer as pessoas e sim de realizar o individuo do ponto de vista de sua vocação, ganhar ou não dinheiro não está relacionado com.
A profissão escolhida e sim por vários outros fatores, como oportunidade, circunstâncias culturais ou mesmo competência; no segundo, a escolha não foi ditada pela vocação e sim por outros fatores como facilidade de aprender aquela profissão que embora não seja à de preferência, mas foi à única que apareceu. Valor moral e ético – embora haja muita discussão entre o que é ético e o que é moral passaremos por cima dessas diferenças e discutiremos apenas os atos éticos e morais. Que é um valor em si não resta a menor dúvida. Tomando a moral como uma ética subjetiva e a ética como a moral objetiva entre pessoas, podemos pensar que a nossa paz de consciência só existe quando a consciência moral está em paz, com Deus e em paz consigo mesmo. Infelizmente a nossa sociedade está tão corrompida que os atos morais estão sendo vistos como “atos ingênuos” e como dizia Rui Barbosa, no seu tempo: “de tanto ver surgir às insanidades... o homem tem vergonha de ser honesto” O sacrifício da moral e da ética tem conduzido a humanidade a um processo de rebaixamento da dignidade a ponto de surgir dificuldade de análise do que é moral e o que não é. Os Códigos de Ética das profissões que deveriam ser manuais de reflexão, levando as pessoas a pensarem suas atitudes, se tornaram Códigos de Etiqueta que forçam o profissional a agir de acordo com as exigências locais ou regionais em atitudes que descartam a análise de atitudes do que se vai fazer ou não fazer, isso é obrigar o profissional a agir de acordo com os interesses de determinados grupos manipuladores do clã profissional. Na política, na esfera policial as tentações de passar por cima da ética ou da moral são enormes e com raríssimas exceções o erro de um é atribuído a todos. Estética – o valor estético é a busca do belo, que segundo S. Tomás de Aquino “o belo não é o que empolga a vista e sim o coração” ou seja, a beleza não está na aparência das coisas mas no seu interior. Um carro é belo não são por suas linhas arrojadas, suas luzes, seu painel e sim pela reação ao desgaste, sua economia de combustível e sua capacidade de força nos motores. Mas por incrível que pareça o valor estético é o mais procurado, principalmente pela chamada classe média. Os salões de beleza estão cheios de pessoas em busca da beleza, algumas estragando sua fisionomia e seu corpo. Beleza é tudo dizem alguns da alta sociedade, esquecidos de que a beleza externa é efêmera e não resiste ao tempo. A verdadeira música se caracteriza pela harmonia, seja das notas musicais, seja do conjunto de atitudes de um grupo, de uma engrenagem ou da história. A Bíblia nos fala através do Apocalipse que haverá muita música no paraíso, o que muitos interpretam como se fossem diversos corais que irão cantar o que, diga-se de passagem, é um exagero de interpretação. O que haverá sim, é uma harmonia tal de atitudes e sentimentos que parecerá música, é a esteticidade levada ao máximo. Portanto o valor estético é algo a ser procurado, porém numa realidade conceitual que exprima o ideal estético na sua verdadeira significação. Prazer – denominado de busca lúdica de divertimento (do gr. Ludos=prazer), é a procura de diversão, dentro daquilo que a vida nos oferece. Havia uma escola grega denominada de epicurista, cujo criador chamava-se Epicuro, que pregava o prazer, que erradamente se pensava que fosse voluptuosidade, ou seja, o prazer impuro da carne, do sexo sem fronteiras, erroneamente afirmo, porque não era isso que Epicuro pregava e sim o prazer espiritual. Oposta a esta escola havia a escola estóica que pregava “que o prazer afrouxa os limites morais” esta oposição defende o sofrimento como o verdadeiro motivador da moral. Devem-se buscar o prazer, a diversão, os momentos de festa, sem que isso se torne uma obsessão em nossa vida. Casais há em que por causa de festas e diversão acaba por se separar o que é lastimável, pois o prazer deve ser consumido sem o prejuízo de outrem.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A relação humana para com Deus

IV – A relação humana para com Deus

1. Lutero, Mood, lutavam com Deus – estou citando estes, mas há uma miríade deles, homens que aprenderam a falar com Deus à la Jacó. Converti-me numa igreja batista onde os crentes falavam com Deus como se ele fosse um supremo magistrado. Maravilhoso Deus, Deus que estás nas mais altas alturas, Poderoso Deus, expressões como estas eram uma constante. Eu via Deus distante, lá nos altos céus e eu me sentia tão pequenino tão insignificante. Orava sim, mas com o sentimento de quem já se conformara que a decisão que ele tomasse, sem prensar que orando dessa forma nem precisava orar, pois ele faria o que pretendia fazer independente da minha vontade. Quando estudei a vida de Lutero, de Mood, vi que eles debatiam com Deus os seus problemas e que muitas vezes faziam com Deus atendesse seus pedidos, alguns até inusitados. Mood dizia que não orava a Deus por coisa boba não, quando orava é por que tinha algo muito grande a pedir. Não orava por uma simples dor de cabeça, pela galinha que fugiu do quintal, eles se negava a pedir coisas que o próprio indivíduo podia solucionar. Notei que a projeção que eles tinham de Deus era a de um pai onde você solicita simples e direto o que quer e se preciso argumenta com ele suas razões.
2. O caso especial de Miranda Pinto – não solicitei de sua família autorização para falar do seu ministério de oração, até por que tive o privilégio de conviver com ele um ano de grandes bênçãos. Quando cheguei ao Seminário Betel, no Rio de Janeiro, meus conhecimentos com Miranda Pinto foram cercados de perplexidade e dúvidas. Esse homem era louco ou o que?
Ele não orava como os demais, nas primeiras vezes enquanto ele orava eu abria meus olhos para ver com quem ele estava falando, pois a impressão é que havia alguém ao seu lado para ouvi-lo, e ele devia sentir o mesmo, pois ao invés de orar ele conversava com Deus, ora para pedir, ora para cobrar pedidos passados, ora para insistir nos seus pedidos.Oração rápida já detestava orações longas. Certa ocasião D. Tabita, sua esposa durante o culto falou da ausência de Miranda Pinto, pois achava que passou a noite orando, ele foi entrando no salão e retrucou: não estava orando, estava sim, brigando com Deus e afirmou que continuaria brigando até que Deus atendesse a sua oração. O fato era de um homem que tinha seis filhos e estava com câncer. O pastor nos perguntou vocês acham que um homem desses pode morrer com câncer deixando seis filhos órfãos? Meio constrangidos dissemos que não podia e ele disse: eu também acho e já falei com Deus. Para surpresa nossa um mês depois os exames daquele homem não acusavam mais doença nenhuma! A intimidade de Miranda Pinto com Deus levou-se a entender que sua projeção era a de um pai inteiramente humano e não o Deus distante que me acostumara a ver.
3. O problema do milagre na relação humana
3.1. O que é milagre – teologicamente denominam-se milagre as providências de Deus em favor da humanidade, todavia é bom entendermos que o milagre se dá através das transformações que Deus faz com a natureza, seja ela matéria ou biológica, mas Deus não faz mágica, ou seja, ele não faz surgir do nada, isto se pode ver nos milagres praticados por Cristo.
3.2. O que não é milagre – Deus quando opera um milagre já viu se esgotar todas as esperanças humanas de solução de problemas. O milagre divino não é algo que se pode negociar e nem é produto da ação humana. Deus não está a serviço do homem para operar providências extraordinárias basta que ele exija. E o milagre só acontece quando Deus vê esgotar todas as tentativas de solução ai ele interage e ao seu dispor. Às vezes ele opera um milagre em face de súplica incessante do pedinte, mas isto vai revelar o grau de intimidade do suplicante com Ele.
3.3. O que não é milagre – a ciência tem provado que o ser humano tem um cérebro quando sugestionado provoca mutações, transformações, curas de enfermidade, que normalmente se atribua a fenômeno do milagre. A fé do crente pode realizar maravilhas que não são propriamente milagres divinos. Ele deve agradecer a Deus o poder que o Espírito Santo confere ao cérebro humano e ele (o cérebro) a par desta motivação realiza o desejo do crente. É bom que se afirme que este sugestiona mento pode ter origem psicológica ou religiosa o que pode eliminar o elemento milagre do evento. Caso contrário será forçado a chamar os psicólogos de milagreiros, os “santos” da ciência.

3.4. O que Deus não quer ser

3.4.1. O Todo Poderoso longe do homem – notemos quando da criação que Deus, ao cair da tarde, ia conversar com o homem. Ele não se afastou do homem nem naquela época nem hoje em dia. O lançar Deus nas alturas o faz triste, como nos tempos de Galileu que propôs um novo caminho do homem longe de Deus. Esse distanciamento coloca Deus distante do homem que pouco fala com Deus e nas orações ele não dialoga com o criador e produz apenas um monólogo onde só o crente fala e não espera Deus dar resposta. Ele quer que o fiel deixe uns poucos minutos a sós no recôndito do seu lar para falar e ouvir Deus, andar sem medo sabendo que o Senhor está ao seu lado fazendo parte do conjunto dos pensamentos do seu dia-a-dia. Ele quer ser pai (no minúsculo mesmo), amigo, confidente, e até confessor para ouvir as coisas boas e as queixas do fiel.






3.4.2. O banco de investimento do homem – os dízimos, as ofertas que normalmente o crente dá nas igrejas, a entrega da casa, do carro, tudo para Deus dizem, mas na verdade estão fazendo um investimento no Banco divino e na primeira agrura vão cobrar esse investimento exigindo a devolução e com juros do que ofertaram o Deus. Entregam a Deus os bens, os planos, os filhos, a família e não perdoam se alguma coisa ruim acontecer com “as entregas”, afinal elas não colocaram nas mãos de Deus, que mordomo é ele que não cuidou do baú de confiança deste crentes mesquinhos que de Deus só querem “venha a nós” e ao vosso reino nada.
3.4.3. O “guarda-chuva” de cada dia – ai meu Deus, Deus me acuda, só Deus para me ajudar, são expressões de desespero apelando a Deus, o deus que eles não adoram, não prestam qualquer culto e se acham no direito de incomodá-lo nos momentos de angústia quando tudo está por ruir. Deus é um guarda-chuva desta gente que só o procura quando as chuvas, as águas desta vida inundam sua existência, mas que tão logo passe eles fecham o instrumento e o põe de volta no guarda roupa. Para esta gente falar em Deus quando se está nas rodas sociais é vergonhoso, demonstra ser piegas, beato de religião, algo que não pega bem numa hora dessas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

III- O Deus de Jesus Cristo


III – O Deus de Jesus Cristo

  1. A relação do Pai com o Filho (João 1.1-5) – O evangelista João que segundo alguns estudiosos da Bíblia foram um verdadeiro discípulo intelectual de Platão, toma de empréstimo o termo Logos (=Verbo) para identificá-lo com a pessoa de Cristo. Ele mostra Cristo a serviço do Pai, construindo todo o universo numa relação muito íntima com o Pai e o Espírito Santo. Apesar de ser uma das pessoas da Trindade, quando perguntado de sua volta ele responde que só o Pai sabia deste evento o que demonstra que seu conhecimento se limitava ao conhecimento do Pai. Na I Epístola aos Corintios Paulo declara que após Jesus vencer todas as potestades do mal, quando todos estiverem sob o seu poder, mas o apóstolo faz questão de afirmar todos não inclui a Deus, ele também se submeterá ao Pai para que Deus seja tudo em todos. Notemos que o apóstolo faz questão de tornar distinto o Pai do Filho, embora extremamente relacionados um com o outro.
  2. Jesus se apresentou como zelador de Deus – o zelador é aquele que cuida das coisas do seu superior, evitando que de alguma maneira a imagem, o patrimônio. do seu senhor sejam prejudicados. Jesus na sua curta trajetória existencial aqui na terra, apenas 33 anos, cuidou da imagem e dos bens do seu Pai. Ora mostrando os desígnios divinos, sempre em favor da humanidade, a imagem de pai amoroso, mas justo e santo que ama o pecador, mas detesta seus pecados.
 Que às vezes interfere no destino da humanidade tentando por as coisas em ordem, enfim o Deus que muitos insistem em desconhecer. Em momento algum procurou colocar-se a frente de Deus, e como diz Paulo aos filipenses 2.6. que Jesus não teve por usurpação ser igual a Deus, mas submeteu-se a vontade santa do Pai. Os Evangelhos chamam Jesus de imagem de Deus dando a impressão do Pai e o Filho serem a mesma coisa o que não é verdade. Minha imagem que aparece no espelho não sou eu, ela me retrata com a maior fidelidade, mas ainda assim não sou eu, o mesmo acontece cm Cristo, olhar para ele é o mesmo que olhar para Deus ainda assim são distintos com personalidade diferentes, porém voltadas para o mesmo objetivo.
  1. Sua parceria com Deus visando à salvação do homem – contrato este firmado antes que o homem passasse a existir. Por conta de sua presciência Deus sabia o iria acontecer, até mesmo a saga de Satanás estava previsto nos planos de Deus. Logo que o pecado se consumou Ele anunciou seu plano de salvação. Cristo foi anunciado como o que pisaria a cabeça da serpente e a vitória sobre a morte que estava começando a aparecer. Cristo aparece em várias formas de alegoria dentro da reforma pictórica de Deus. Ele substituiria Isaque, o Cordeiro pascal, o cordeiro fora do arraial, o 4º anjo visto por Daniel, a pedra atirada por Davi contra Golias, todas as figuras colimavam para o objetivo máximo de Cristo: sua morte na cruz. Não se diga que essa parceria foi fácil de ser executada, Embora de personalidade divina Jesus trazia consigo o seu lado humano, que tinha as mesmas necessidades do homem. Fome, sede, cansaço, sono e o que é pior medo, pois sem esse sentimento social a obra de Cristo seria uma palhaçada, um teatrinho para enganar a humanidade, posto que as manifestações fossem puro engodo. O medo que Jesus sentiu o levou a pedir ao pai que se possível fosse inventasse uma outra forma para salvar a humanidade, um apelo à inteligência do Pai na busca de outras formas de solução ao problema da salvação humana, porém se conformou que os desígnios do Pai, oração essa que muitos crentes fazem sem atentarem que as circunstâncias eram especiais e não se aplicava às orações do nosso dia-a-dia.
  2. Quando Deus abandona Cristo – a oração de Jesus: Deus meu, Deus meu porque me abandonaste? – indagação esta de quem mal podia falar (a cruz com a trave no meio, uma invenção dos cartagineses, retirava o oxigênio dos pulmões) ecoou de modo significativo na história. Freud nunca perdoou Deus por este abandono acusando-o de parricídio, grandes teólogos também não entenderam esse abandono. Em Isaías 53 o profeta descreve de forma magistral a obra de Cristo como o cordeiro de Deus, os sofrimentos, a dor, a humilhação do Filho de Deus. Porem no verso 11 do mesmo capítulo ele fala da obra de Cristo como um parto (em português traduziram como trabalho, no francês é travail = parto) um parto normal só acontece quando surgem às dores, sem elas o parto não acontece. As dores de Cristo foram às dores do parto da humanidade, Deus não poderia fazer nada a não ser dizer: meu filho suporte as dores senão não haverá parto.
  3. Cristo recompensado por Deus – na sua ascensão gloriosa aos céus Jesus encontrou a recompensa pela obra realizada. Despido desse envelope imundo que é o nosso corpo, corpo esse que ele chamou de carne fraca agora ele podia atravessar portas trancadas, ter sua aparência translúcida, sua vitória estampada diante dos seus discípulos. Paulo diria vitoriosamente: onde está ó morte o teu aguilhão? Satanás sentiu-se derrotado e as hostes infernais recolheram a sua própria indignidade, enquanto as celestiais glorificavam a Deus com hinos de vitória.