quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A relação humana para com Deus

IV – A relação humana para com Deus

1. Lutero, Mood, lutavam com Deus – estou citando estes, mas há uma miríade deles, homens que aprenderam a falar com Deus à la Jacó. Converti-me numa igreja batista onde os crentes falavam com Deus como se ele fosse um supremo magistrado. Maravilhoso Deus, Deus que estás nas mais altas alturas, Poderoso Deus, expressões como estas eram uma constante. Eu via Deus distante, lá nos altos céus e eu me sentia tão pequenino tão insignificante. Orava sim, mas com o sentimento de quem já se conformara que a decisão que ele tomasse, sem prensar que orando dessa forma nem precisava orar, pois ele faria o que pretendia fazer independente da minha vontade. Quando estudei a vida de Lutero, de Mood, vi que eles debatiam com Deus os seus problemas e que muitas vezes faziam com Deus atendesse seus pedidos, alguns até inusitados. Mood dizia que não orava a Deus por coisa boba não, quando orava é por que tinha algo muito grande a pedir. Não orava por uma simples dor de cabeça, pela galinha que fugiu do quintal, eles se negava a pedir coisas que o próprio indivíduo podia solucionar. Notei que a projeção que eles tinham de Deus era a de um pai onde você solicita simples e direto o que quer e se preciso argumenta com ele suas razões.
2. O caso especial de Miranda Pinto – não solicitei de sua família autorização para falar do seu ministério de oração, até por que tive o privilégio de conviver com ele um ano de grandes bênçãos. Quando cheguei ao Seminário Betel, no Rio de Janeiro, meus conhecimentos com Miranda Pinto foram cercados de perplexidade e dúvidas. Esse homem era louco ou o que?
Ele não orava como os demais, nas primeiras vezes enquanto ele orava eu abria meus olhos para ver com quem ele estava falando, pois a impressão é que havia alguém ao seu lado para ouvi-lo, e ele devia sentir o mesmo, pois ao invés de orar ele conversava com Deus, ora para pedir, ora para cobrar pedidos passados, ora para insistir nos seus pedidos.Oração rápida já detestava orações longas. Certa ocasião D. Tabita, sua esposa durante o culto falou da ausência de Miranda Pinto, pois achava que passou a noite orando, ele foi entrando no salão e retrucou: não estava orando, estava sim, brigando com Deus e afirmou que continuaria brigando até que Deus atendesse a sua oração. O fato era de um homem que tinha seis filhos e estava com câncer. O pastor nos perguntou vocês acham que um homem desses pode morrer com câncer deixando seis filhos órfãos? Meio constrangidos dissemos que não podia e ele disse: eu também acho e já falei com Deus. Para surpresa nossa um mês depois os exames daquele homem não acusavam mais doença nenhuma! A intimidade de Miranda Pinto com Deus levou-se a entender que sua projeção era a de um pai inteiramente humano e não o Deus distante que me acostumara a ver.
3. O problema do milagre na relação humana
3.1. O que é milagre – teologicamente denominam-se milagre as providências de Deus em favor da humanidade, todavia é bom entendermos que o milagre se dá através das transformações que Deus faz com a natureza, seja ela matéria ou biológica, mas Deus não faz mágica, ou seja, ele não faz surgir do nada, isto se pode ver nos milagres praticados por Cristo.
3.2. O que não é milagre – Deus quando opera um milagre já viu se esgotar todas as esperanças humanas de solução de problemas. O milagre divino não é algo que se pode negociar e nem é produto da ação humana. Deus não está a serviço do homem para operar providências extraordinárias basta que ele exija. E o milagre só acontece quando Deus vê esgotar todas as tentativas de solução ai ele interage e ao seu dispor. Às vezes ele opera um milagre em face de súplica incessante do pedinte, mas isto vai revelar o grau de intimidade do suplicante com Ele.
3.3. O que não é milagre – a ciência tem provado que o ser humano tem um cérebro quando sugestionado provoca mutações, transformações, curas de enfermidade, que normalmente se atribua a fenômeno do milagre. A fé do crente pode realizar maravilhas que não são propriamente milagres divinos. Ele deve agradecer a Deus o poder que o Espírito Santo confere ao cérebro humano e ele (o cérebro) a par desta motivação realiza o desejo do crente. É bom que se afirme que este sugestiona mento pode ter origem psicológica ou religiosa o que pode eliminar o elemento milagre do evento. Caso contrário será forçado a chamar os psicólogos de milagreiros, os “santos” da ciência.

3.4. O que Deus não quer ser

3.4.1. O Todo Poderoso longe do homem – notemos quando da criação que Deus, ao cair da tarde, ia conversar com o homem. Ele não se afastou do homem nem naquela época nem hoje em dia. O lançar Deus nas alturas o faz triste, como nos tempos de Galileu que propôs um novo caminho do homem longe de Deus. Esse distanciamento coloca Deus distante do homem que pouco fala com Deus e nas orações ele não dialoga com o criador e produz apenas um monólogo onde só o crente fala e não espera Deus dar resposta. Ele quer que o fiel deixe uns poucos minutos a sós no recôndito do seu lar para falar e ouvir Deus, andar sem medo sabendo que o Senhor está ao seu lado fazendo parte do conjunto dos pensamentos do seu dia-a-dia. Ele quer ser pai (no minúsculo mesmo), amigo, confidente, e até confessor para ouvir as coisas boas e as queixas do fiel.






3.4.2. O banco de investimento do homem – os dízimos, as ofertas que normalmente o crente dá nas igrejas, a entrega da casa, do carro, tudo para Deus dizem, mas na verdade estão fazendo um investimento no Banco divino e na primeira agrura vão cobrar esse investimento exigindo a devolução e com juros do que ofertaram o Deus. Entregam a Deus os bens, os planos, os filhos, a família e não perdoam se alguma coisa ruim acontecer com “as entregas”, afinal elas não colocaram nas mãos de Deus, que mordomo é ele que não cuidou do baú de confiança deste crentes mesquinhos que de Deus só querem “venha a nós” e ao vosso reino nada.
3.4.3. O “guarda-chuva” de cada dia – ai meu Deus, Deus me acuda, só Deus para me ajudar, são expressões de desespero apelando a Deus, o deus que eles não adoram, não prestam qualquer culto e se acham no direito de incomodá-lo nos momentos de angústia quando tudo está por ruir. Deus é um guarda-chuva desta gente que só o procura quando as chuvas, as águas desta vida inundam sua existência, mas que tão logo passe eles fecham o instrumento e o põe de volta no guarda roupa. Para esta gente falar em Deus quando se está nas rodas sociais é vergonhoso, demonstra ser piegas, beato de religião, algo que não pega bem numa hora dessas.

domingo, 13 de dezembro de 2009

III- O Deus de Jesus Cristo


III – O Deus de Jesus Cristo

  1. A relação do Pai com o Filho (João 1.1-5) – O evangelista João que segundo alguns estudiosos da Bíblia foram um verdadeiro discípulo intelectual de Platão, toma de empréstimo o termo Logos (=Verbo) para identificá-lo com a pessoa de Cristo. Ele mostra Cristo a serviço do Pai, construindo todo o universo numa relação muito íntima com o Pai e o Espírito Santo. Apesar de ser uma das pessoas da Trindade, quando perguntado de sua volta ele responde que só o Pai sabia deste evento o que demonstra que seu conhecimento se limitava ao conhecimento do Pai. Na I Epístola aos Corintios Paulo declara que após Jesus vencer todas as potestades do mal, quando todos estiverem sob o seu poder, mas o apóstolo faz questão de afirmar todos não inclui a Deus, ele também se submeterá ao Pai para que Deus seja tudo em todos. Notemos que o apóstolo faz questão de tornar distinto o Pai do Filho, embora extremamente relacionados um com o outro.
  2. Jesus se apresentou como zelador de Deus – o zelador é aquele que cuida das coisas do seu superior, evitando que de alguma maneira a imagem, o patrimônio. do seu senhor sejam prejudicados. Jesus na sua curta trajetória existencial aqui na terra, apenas 33 anos, cuidou da imagem e dos bens do seu Pai. Ora mostrando os desígnios divinos, sempre em favor da humanidade, a imagem de pai amoroso, mas justo e santo que ama o pecador, mas detesta seus pecados.
 Que às vezes interfere no destino da humanidade tentando por as coisas em ordem, enfim o Deus que muitos insistem em desconhecer. Em momento algum procurou colocar-se a frente de Deus, e como diz Paulo aos filipenses 2.6. que Jesus não teve por usurpação ser igual a Deus, mas submeteu-se a vontade santa do Pai. Os Evangelhos chamam Jesus de imagem de Deus dando a impressão do Pai e o Filho serem a mesma coisa o que não é verdade. Minha imagem que aparece no espelho não sou eu, ela me retrata com a maior fidelidade, mas ainda assim não sou eu, o mesmo acontece cm Cristo, olhar para ele é o mesmo que olhar para Deus ainda assim são distintos com personalidade diferentes, porém voltadas para o mesmo objetivo.
  1. Sua parceria com Deus visando à salvação do homem – contrato este firmado antes que o homem passasse a existir. Por conta de sua presciência Deus sabia o iria acontecer, até mesmo a saga de Satanás estava previsto nos planos de Deus. Logo que o pecado se consumou Ele anunciou seu plano de salvação. Cristo foi anunciado como o que pisaria a cabeça da serpente e a vitória sobre a morte que estava começando a aparecer. Cristo aparece em várias formas de alegoria dentro da reforma pictórica de Deus. Ele substituiria Isaque, o Cordeiro pascal, o cordeiro fora do arraial, o 4º anjo visto por Daniel, a pedra atirada por Davi contra Golias, todas as figuras colimavam para o objetivo máximo de Cristo: sua morte na cruz. Não se diga que essa parceria foi fácil de ser executada, Embora de personalidade divina Jesus trazia consigo o seu lado humano, que tinha as mesmas necessidades do homem. Fome, sede, cansaço, sono e o que é pior medo, pois sem esse sentimento social a obra de Cristo seria uma palhaçada, um teatrinho para enganar a humanidade, posto que as manifestações fossem puro engodo. O medo que Jesus sentiu o levou a pedir ao pai que se possível fosse inventasse uma outra forma para salvar a humanidade, um apelo à inteligência do Pai na busca de outras formas de solução ao problema da salvação humana, porém se conformou que os desígnios do Pai, oração essa que muitos crentes fazem sem atentarem que as circunstâncias eram especiais e não se aplicava às orações do nosso dia-a-dia.
  2. Quando Deus abandona Cristo – a oração de Jesus: Deus meu, Deus meu porque me abandonaste? – indagação esta de quem mal podia falar (a cruz com a trave no meio, uma invenção dos cartagineses, retirava o oxigênio dos pulmões) ecoou de modo significativo na história. Freud nunca perdoou Deus por este abandono acusando-o de parricídio, grandes teólogos também não entenderam esse abandono. Em Isaías 53 o profeta descreve de forma magistral a obra de Cristo como o cordeiro de Deus, os sofrimentos, a dor, a humilhação do Filho de Deus. Porem no verso 11 do mesmo capítulo ele fala da obra de Cristo como um parto (em português traduziram como trabalho, no francês é travail = parto) um parto normal só acontece quando surgem às dores, sem elas o parto não acontece. As dores de Cristo foram às dores do parto da humanidade, Deus não poderia fazer nada a não ser dizer: meu filho suporte as dores senão não haverá parto.
  3. Cristo recompensado por Deus – na sua ascensão gloriosa aos céus Jesus encontrou a recompensa pela obra realizada. Despido desse envelope imundo que é o nosso corpo, corpo esse que ele chamou de carne fraca agora ele podia atravessar portas trancadas, ter sua aparência translúcida, sua vitória estampada diante dos seus discípulos. Paulo diria vitoriosamente: onde está ó morte o teu aguilhão? Satanás sentiu-se derrotado e as hostes infernais recolheram a sua própria indignidade, enquanto as celestiais glorificavam a Deus com hinos de vitória.

sábado, 14 de novembro de 2009

DEUS QUE SE APRENDE NA BIBLIA




II - O DEUS QUE SE APREENDE DA BÍBLIA

  1. Elohim Deus das alturas

É a primeira visão que a Bíblia nos mostra de Deus, o termo conota uma pluralidade de deuses, o m no hebraico, é o mesmo que o s na língua portuguesa. É a mesma pluralidade que se encontra na maioria das trindades dos escritos antigos. Deus-pai, Deus-filho, Deus- Espírito Santo (mãe). Notemos que Ele fala: façamos o homem, termo plural que indica que não foi apenas um, mas os três que criaram o mundo. João nos diz que foi Jesus, o Verbo a causa eficiente, quem criou todas as coisas, sob as ordens de Deus, o pai, e o Espírito Santo organizava (pairar quer dizer chocar que é o verbo invocado para o trabalho organizador das galinhas) todas as coisas dando calor e harmonia ao que o Filho ia criando.

1-  Porém Deus acrescenta: façamos o homem a nossa semelhança e segundo o imaginamos.
Dentro da sua doutrina da economia, pouco estudada, fez apenas um homem tendo tirado de dentro dele a parte feminina (o primeiro homem era completo) fazendo com que sua personalidade de partisse em dois, obrigando-os a se juntarem se pretenderem se multiplicar, o que prova que homossexualidade não gera nada, não tem fertilidade e apoio divino.
            Notemos que expressão viu Deus que era bom é a expressão da democracia os três combinaram que a obra era boa. Era a Trindade harmônica tão diferente das trindades dos escritos antigos que se digladiavam e pela dialética de suas disputas que o mundo se sustentava.
  1. O Deus pessoal do paraíso – há uma teoria denominada de deismo que afirma que Deus criou todas as coisas e foi embora deixando o homem por sua própria conta. Todavia a narrativa do Gênesis nos fala de um Deus pessoal que se comunicava com Adão e depois seus descendentes que se comunicava diariamente com o primeiro homem até o momento do seu pecado. Depreende-se do texto que Ele deve ter ensinado ao primeiro homem como se vestir o que devia cobrir. A comunicação de Deus com o homem que ele quando pecou ficou se escondendo numa prova relacional entre Deus e o homem.
  2. Humanizando Deus – embora Deus não se tornasse humano a sua relação com o homem assumiu o caráter humano, Deus conversava, trocava idéias com o homem e em alguns fatos se apresentava totalmente humano.
3.1.   As enroladas de Abraão – na oração que Abraão faz em favor das cidades de Sodoma e Gomorra, vemos o patriarca tentando “enrolar” a Deus, com a questão do número de pessoas da cidade, e isto ele só fez por ter intimidade com Deus, tratá-lo tão humano que pensou em enganar a Deus que não o repreendeu e até concordou com sua enrolada. Ele via Deus como vemos nosso próximo, só que com o devido respeito que tratamos as autoridades. Abraão procura enganar o rei da cidade onde ele foi negando sua condição de esposo de Sara, porém Deus não o castigou respeitando sua humanidade. (Gen. 18.23-33)
3.2.   Os anjos usam de prudência no episódio de Sara –(Gen. 17.15-18;18.11-14) – Deus através dos anjos comunicava-se com Abraão, Ló e os que fossem necessários. Quando o anjo do Senhor comunicou a paternidade de Abraão e sua esposa ouviu e ela riu pelo fato de ser ela uma velha e seu esposo um velho, os anjos sabiam do que aconteceu, mas não envergonhou o patriarca, falando da sua velhice como limitação para produzir filhos, pois não é finalidade divina separar casais e si uni-los.
3.3.   Talvez o episódio mais significante tenha sido a luta de Jacó com Deus (Gen. 32.22-28) – lutar com Deus é um termo que assume proporções heréticas, pois quem se atreveria a lutar com um Deus magnífico como o nosso Deus? Mas Jacó fez. E o que é pior: ele venceu! O rei Ezequias lutou e venceu foi anunciada a sua morte e ele em oração lutou com Deus e venceu: ganhou muito mais tempo de vida. Não precisa ser um super-homem para enfrentar o divino basta ter fé, ainda neste estudo falaremos de outros heróis da fé que lutaram e venceram a Deus e Ele parece gostar dessa derrota, pois sente que entre seus fiéis adoradores existem aqueles que não se comportam como marionetes, que não se conformam com o poder da predestinação divina.

3.4.   Já com Samuel acontece um fato inusitado (I Samuel 16.1-3) – Deus estava impaciente com Samuel por ele não retirado o reinado de Saul e ordena ao profeta que fosse escolher o sucessor dele. Mas Samuel retruca dizendo: se eu for à casa de Jessé e disser que vou escolher o substituto de Saul e ele souber manda-me matar. Deus podia ter dito vá que eu “seguro as pontas” e com meu poder não permitirei que você sofra nada. Mas não. Ele ensina um geitinho a Samuel: você não precisa dizer a verdade, diz apenas que vai fazer um sacrifício ao Senhor e nesse intere escolhe o substituto. Deus prova sua humanidade nesse episódio e nos leva a crer num Deus mais humano do que se pensa longe daquele Deus que se esconde nas alturas e que exige que nossa comunicação se já aos gritos e nas montanhas mais elevadas ou nos templos de alta envergadura.
3.5.   Finalmente temos o profeta Elias – (I Reis 19.8-15) – Um dos maiores profetas do Velho Testamento, realizou milagres extraordinário segundo a vontade de Deus, mas como todo grande homem ele teve seus momentos de fraqueza. Um deles foi quando Jezabel o ameaçou de morte, ela que já matara tantos outros assustou Elias. Das sensações mais desagradáveis o medo é uma delas, só quem já sentiu sabe o que ela provoca no ser humano. Elias se sentiu arrasado, perdeu toda a vontade de lutar e buscou no sono escondido numa gruta de caverna o refúgio para a sua angústia. Deus respeitou as agruras do seu servo e não o incomodou deixando-o dormir mesmo após acordar viu a comida que o Senhor cuidadosamente preparou para ele, sua angústia era tanta que ele nem perguntou quem preparara aquilo, comeu e novamente dormiu. Deus mostrou-lhe várias visões: o vento, o terremoto, o fogo e finalmente um vento cicio algo calmo onde o profeta sentisse que ali estava Deus, tomou fôlego e reiniciou sua luta, ali estava um novo Elias, esse é o Deus que precisamos crer.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Deus no ateísmo popular


5 Deus no ateísmo popular

5.1. projeção romântica – necessário se faz definir os limites da palavra ateísmo, que para muitos é a crença de que Deus não existe, quando o sentido quer dizer sem Deus o que implica dizer que alguém pode crer em Deus, mas viver como se Ele não existisse, é sobre esse imaginário que vamos refletir. É um dos termos mais usados no linguajar comum, todavia mais como uma interjeição do uma expressão substantiva, o termo aparece junto a palavrões, exclamação de ódio ou coisa assim. De Deus se diz tudo menos o que é, e menos ainda, o que Ele representa. O Deus da música então nem se fala... Ele faz parte de quase toda a música de amor, seja esse amor sensual, erótico ou de caráter espúrio. Em alguns ele aparece exaltado, como o símbolo do verdadeiro amor, em outros, uma pura lamentação do que se desejava e não obteve. Às vezes é comparado a um amor que se almeja e que poderia ser objeto de troca para obtenção do que se deseja. Há até extorsão de quem prefere o inferno à presença de Deus longe do amor esperado.
a) O verbete das situações inusitadas – o termo Deus aparece em determinadas situações que ninguém espera apenas como um verbete, como nos acidentes, nas surpresas contingenciais do nosso dia-a-dia, nos momentos súbitos de alegria ou raiva. E quando Deus faz parte do anedotário popular? Certamente é um velhinho, um tanto ingênuo, que se torna objeto de piadas, num total desrespeito ao Criador do Universo. Todavia alguém poderia objetar dizendo que é pura alegoria musical não trazendo em si nenhuma ofensa, mas poderíamos perguntar: Deus pode ser objeto de piada, ainda que sob forma romântica? O próprio termo santidade nos remete a um Deus separado, da nossa vida comum, traze-lo até nós de modo desrespeitoso é pecarmos contra a sua santidade e nos tornarmos vítimas de sua justiça. Não é estranho que muitos cantores e compositores estejam morrendo de câncer e outras enfermidades que antes de matar mantém a vítima num rosário de lágrimas e sofrimento. Pode não ter nada a ver, mas e se tiver?


PROXIMO ESTUDO SERÁ: O DEUS QUE SE APRENDE NA BÍBLIA!!! NÃO PERCAM... VALE A PENA LER TODOS, ESPERO QUE GOSTEM E NÃO DEIXEM DE COMENTAR!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A visão espiritualista / Como os evangélicos vêm a Deus


3. A visão espiritualista

Espiritualista ou espíritas como são chamados aqui no Brasil. Os seguidores de Alan Kardeck vêm a Deus, não como pessoa, ou produto da natureza, mas sim como uma força espiritual pura, uma concentração de energia que se inicia e termina nos limites do universo. Seu poder se irradia sobre o universo incluindo a matéria de que se constituem os homens e a matéria que constitui os planetas. Adota a reencarnação dos orientais como um processo de evolução com as contínuas gerações para chegar a uma perfeição caso contrário caem num nihilismo, num vazio até que Deus os chame de novo ao processo evolutivo.



4. Como os evangélicos vêm a Deus

A igreja evangélica numa síntese globalizada se divide em dois grupos: as igrejas tradicionais e às carismáticas. As tradicionais se compõem de igrejas de mais de dois séculos, ou seja, vieram da reforma protestante e um pouco depois dela e que são: luterana, anglicana, batista, metodista, presbiteriana e já no século XIX, os adventistas e mórmons. As carismáticas são mais novas, se autodenominam de renovadas e do movimento de avivamento surgido no século XIX. Elas diferem não apenas em doutrina e prática como também em visão de Deus.
            A tradicional vem um Deus longínquo que se assenta no seu trono e de lá assiste seu povo e desassiste os que não são seu povo. Nas orações eles o invocam com palavras majestosas, termos da alta linguagem do seu idioma como quem trata alguém investido na mais alta magistratura e o que é mais importante, eles pedem, mas se conformam com qualquer resposta que Deus der. Não insistem e deixam “ao Deus dará”, eles oram como Jesus no getsêmani: faça-se a tua e não a minha vontade o que para os carismáticos é falta de fé e certa frieza no tratamento com o divino, contrariando o ensino de Cristo que ensina a orar sem cessar e a pedir sempre, incomodar mesmo até Deus conceder o desejo do fiel. O que caracteriza as tradicionais é o racionalismo de prática oposta ao emocionalismo dos carismáticos.
            As carismáticas cuja origem se deu com a Assembléia de Deus, filha da Igreja de Deus dos Estados Unidos que por seu turno é filha dos batistas, isso explica alguns resquícios da doutrina batista no seio pentecostal, principalmente o batismo de adultos e a imersão como forma de batismo. Eles vêm a Deus como um Deus pessoal, mas a serviço do homem, obrigado a atender aos pedidos para provar que ele é um Deus do impossível, que se rendem as profecias dos crentes de nossos dias. Numa demonstração de extravasamento das emoções eles falam com Deus aos gritos, e todos ao mesmo tempo. Os corinhos nada mais são do que ilações do pensamento exagerado do crente: expressões como detonar o inferno, amarrar Satanás (como se isso fosse possível), acabar com o pecado, são usados nestes corinhos criando certo sentimento de empáfia vitoriosa, antes de acontecer. Outro fato digno de nota é o animismo de atitudes: braços para o alto, posições do corpo, coreografias nas músicas. Tentam trazer de volta certas práticas judaicas do V. Testamento.
            Alguns misturam as pessoas da Trindade, ora-se a Cristo ao invés de Deus e termina-se com em nome de Cristo. Com isso Cristo como pessoa humana e divina é confundida com Deus apenas espírito pessoal. A visão de Deus termina ficando a disposição de cada crente. A oração silenciosa fica a cargo de cada crente já que à pública é um privilegio de quem dirige o encontro ou alguém considerado de grande importância. Não há uma democracia nestas reuniões de oração. Cabendo aos não solicitados orar junto com o que faz a oração pública em voz tão alta que Deus possa escutá-lo também, como se Deus precisasse disso... Para Deus tanto vale a oração pública como a feita apenas no coração, também não importando a posição do corpo, ou o lugar em que se está orando o que importa é o espírito do suplicante.
            É interessante observar que as profecias praticamente desapareceram no Velho Testamento, termo que mui raramente se vê no Novo, atualmente nas igrejas carismáticas é o termo mais usado, eu profetizo isto, profetizo aquilo e Paulo nos diz que havendo profecias cessarão, mas os crentes estão ignorando essas advertências paulinas.

Próximo estudo DEUS NO ATEISMO POPULAR.... não percam!!!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A visão dos Orientais


2.      A visão dos orientais.

Diferente dos ocidentais os orientais tem um tipo de religiosismo que se espraia 24 horas por dia. Atingindo todos os povos geologicamente falando inclusive dos judeus, todavia diferente dos israelitas que adoram um Deus único, pessoal, eles criam em deuses produto dos fenômenos da natureza como o sol, a chuva, a agricultura, os rios, os animais e os que transcendem nossa vida como a alma, a ressurreição, a morte. Nem mesmo os gregos, um povo tão iluminado pela filosofia, escapou a essa concepção naturalista da religião. Outra coisa que além da natureza focou a adoração dos orientais foram os profetas ou iluminados como costumam chamar. De Buda a Confúcio todos foram adorados como anjos do Senhor. O próprio Maomé é visto como um Cristo numa segunda revelação. Por serem naturalistas cedem lugar ao animismo religioso atribuindo aos animais ou lugares o status de sagrado. É o profeta que vai criar as projeções para a religião dos seus fiéis. Por exemplo, o deus dos islamitas segundo Maomé está sempre de espada na mão praticando um tipo de justiça estranho aos demais povos. Ele dá bônus aos que sacrificam a vida em prol da religião, daí os suicídios, os homens bombas, em alguns casos crianças que são sacrificadas em prol do islamismo. Os sacrifícios humanos são comuns não apenas aos islamitas bem como a outras religiões. O Deus de Buda é o contrário, é um deus desligado do próprio destino humano, dado que seu profeta dizia que ele e as demais pessoas quando morrem transforma-se em pó e nada mais do que pó. Em suma, o homem é nada e deve fugir do sofrimento escondendo-se atrás da meditação transcendental. Poderíamos nos deter na consideração dos profetas destas religiões, mas nosso propósito não é esse e sim falarmos das projeções que eles têm de Deus.

É incrível que tendo tanto deuses eles não tenham uma projeção definida de Deus. Deus é demiurgo etéreo, sem personalidade definida, sem objetivos explícitos que contempla a natureza através dos fenômenos, interagindo através destes fenômenos como o vento, as tempestades, e quando em fúria faz surgir os furacões, os tornados, os terremotos para punir de alguma maneira as desobediências dos homens. Metapsicose ou reencarnação faz parte do conjunto de crenças dos povos orientais, ou seja, o homem faz parte na sua existência de várias gerações, em algumas há a idéia de que muitos voltam em forma de animais irracionais, essa transformação é feita de acordo com os merecimentos, uma pomba, é um prêmio, enquanto uma serpente uma forma de castigo para quem viveu impiamente. O Deus destas religiões tem um lado bom e outro extremamente mal ou vingativo em nada se assemelhando ao Deus da Bíblia. Os deuses gregos não passam de personificações das virtudes e vícios dos homens, o próprio Júpiter o maior dos deuses é um deus formidável, que não tem forma, podendo se metamorfosear em qualquer coisa desde que atinja seus objetivos imediatos que em sua maioria visava à conquista das mulheres. Para os gregos ele era um deus pessoal que os mortais fugiam receando seus raios letais. Embora não podendo classificá-los como orientais os germânicos e os celtas se assemelhavam aos gregos na adoração e visão dos seus deuses, sendo Thor em muito parecido com Júpiter. É natural que hoje os alemães não estão mais enquadrados nessa consideração, estando entre católicos e protestantes.


Próximo topico será na visão dos Espiritualistas... não percam!!!


A visão dos católicos


1 – A visão dos católicos

A Igreja Católica tem um histórico de mais de um milênio, tentar descrever o que os católicos já projetaram como visão de Deus levar-nos-ia a um estudo que não caberia neste trabalhinho despretensioso a que nos propomos, portanto pretendemos falar das projeções modernas e algumas contemporâneas que pesquisamos.
Como não podia deixar de ser, pelo seu existencial histórico, Deus foi intelectualizado na doutrina católica fixando-se em extremos conceituais, ora de um Deus que se coloca num extremo de distância do homem, assentado num trono celestial, apenas visitado por anjos e querubins e deles recebe as notícias da plebe rude humana para dali estabelecer suas determinações sob forma de bênçãos ou castigos. Essa visão reduzida facilita a vida do católico que pensa poder se esconder com suas falcatruas e respingos de imoralidade da presença do Senhor. Ora através da confissão o fiel obtém perdão para os seus pecados e não precisa encarar seu senhor tão de frente.

Esse pensamento joga Deus para uma distância enorme do fiel católico, que embora o tenha na mais alta altura, todavia descarta sua pessoalidade, sua ingerência na vida daquele que crê. Nessa altura Deus é só um retrato distante do povo, alguém em quem se acredita, mas que acha difícil ser o alvo das bênçãos dele.
Do outro lado, há os extremos do animismo, sistema filosófico que atribua características espirituais à matéria. As imagens de Deus e dos santos, sem falar da própria cruz de Cristo que adorna o pescoço de muitos fiéis, para os católicos tem um poder espiritual semelhante ao próprio Senhor em Pessoa. Isso é trazer Deus numa dimensão muito curta colada na própria pele do fiel, o que o conforta e lhe dá uma sensação de posse. Não é à toa que essas imagens recebem todo tipo de honraria e carícias dos seus donos, acreditando eles que esses afagos à própria divindade lhes traga alguma recompensa. Igualmente, essas imagens recebem tratamento diverso de acordo com as circunstâncias. Por exemplo, coloca-se Sto Antonio de cabeça para baixo, numa espécie de castigo para obrigá-lo a produzir casamento. Há castigo para um tal de S. Longinho que tem suas vestes amarradas para descobrir coisas perdidas, deste modo há vários sacrifícios para atendimento de preces. Outra forma de animismo está no cumprimento de promessas onde se supõe que a imagem vá ser recompensada com objetos materiais, como a réplica de gesso das partes do corpo ou longas viagens a rios, montanhas, praias acompanhadas de uma procissão de fiéis. É interessante a multiplicação das “virgens” Maria ao sabor dos visionários que a viram neste ou naquele lugar, dando origem as diversas Nossas Senhoras deste ou daquele lugar. Causa espécie o fato de não haver nenhuma imagem de Deus que é substituída pela de Cristo que embora não expresse nem de longe o Cristo de Israel ( em alguns casos bastante efeminado) todavia é bem aceito pela comunidade católica que a adora como de fosse o próprio Deus em Pessoa.
Embora a Igreja Católica não apóie essa adoração, também não condena o que permite a continuidade da tal prática. São os casos de S. Jorge e do padre Cícero, o primeiro por ser apenas uma lenda (onde já se viu dragão na terra...) e o segundo pelo fato de sua vida ter diversas controvérsias de comportamento.
Talvez esse fato se ligue a estrutura organizacional da igreja que coloca as paróquias muitas vezes como responsável pelo seu sustento, o pároco fica com receio de combater essas heresias e passa a fingir que aceita ou faz mera omissão de crítica prolongando essa adoração que se mal não traz bem até que faz haja vista o lucro financeiro. Fato digno de nota é à da imagem de N.S. Aparecida, cuja origem se deu num achado de pescadores de sua imagem na beira de um rio. Por ser negra a imagem teria que ser um milagre cuja motivação não se sabe ou algo perdido do umbanda ou outro credo africano e que a igreja usa nos seus cultos e que no Brasil e tida como padroeira do país.

e continua.... a seguir será na visão dos orientais!!!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

INTRODUÇÃO

I - Deus, a projeção do mundo.

Nos meados do século XIX, um filósofo alemão Ludwig Andréas Feuerback, (28/07/1804) ex-discípulo de Sören Kierkegaard, o pai do existencialismo, desenvolveu sua filosofia ateísta, contrariando as orientações do seu mestre. Partindo inicialmente de Deus, para aprofundar-se nas idéias emocionais e finalmente cair num racionalismo grosseiro e ateu. Segundo ele, na sua obra Essence of Christianity, o homem que sempre afirmou que Deus criou o mundo estava enganado, dado que Deus não passa de uma criação do próprio homem que o projeta nas suas necessidades e busca de segurança. Assim, o homem tem uma visão de Deus segundo as circunstâncias de sua vida, para uns ele é alguém de mãos estendidas esmolando ofertas de pessoas e igrejas, para outros é um Deus de costas para o mundo que não está nem aí para o homem que ele criou que é a visão budista, e ainda aqueles que o vêm de espada na mão pronta a decepar o pescoço do infiel que não arrisca sua vida por Ele, é a visão maometista.








Enfim, cada um tem uma visão de Deus não importa que sejam de uma mesma igreja ou denominação. Karl Marx seguiu o pensamento de Feuerback só que passou o imaginário individual para o coletivo.
A projeção de cada um é influenciada pela sua vivência social. Nós somos levados a ver Deus segundo os estereótipos que a sociedade nos impõe. Essa teoria o levou a valorizar o social acima do individuo, a subjetividade cedeu lugar a objetividade do grupo que vai orientar o sociologismo utópico de que tanto se fala em Marx. Embora substancialmente acreditemos no erro de Feuerback (Deus não é uma criação do homem) somos, todavia obrigados a acreditar que essencialmente ele estava com a razão, o homem projeta Deus de diversas maneiras.
Essa visão projetada de Deus tem sido o laboratório das diversas ciências afins, a psicologia acredita que as figuras do professor, do líder religioso, no caso o pastor e o padre e até mesmo a figura paterna pode ser confundida com Deus, projeções, naturalmente inconscientes, mas que se traduzem em receptáculos de amor, ódio e qualquer outro sentimento hostil ou de vingança. Ela chega mesmo a justificar o ateísmo de muito jovens na relação complicada do pai com o filho, do diretor da escola com a criança. Não são menores a problemática na teologia que vê Deus na dialética com o diabo, os teólogos imaginam a figura e os atos de Satanás e no processo dialético imaginam um Deus que se opõe ao maligno. A figura do “velhinho” tão comum em Deus encontra assento no imaginário infantil que se extrapola na vida adulta e adquire foros de realidade. O Deus do romantismo cantado em versos e prosas, sofrendo com as heresias de seus compositores ou exaltado como o demiurgo do bem e do mal são os produtos da arte, dos que o imaginam ou com a figura do amor ou com a dor em extremada dose, dos que se lamentam ou que exigem a reparação do mal que estão sofrendo, tudo aponta para Deus que não tem resposta já que não tem presença na imaginação dos artistas ou compositores. Essas projeções não refletem nem longe o caráter e a personalidade do Divino, descaracterizando expressões como: “Deus lhe pague” “se Deus quiser” “meu Deus!!!”

to be continued....

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Estudo sobre A Fenomenologia de Deus


A fenomenologia de Deus
Justificando o título
A fenomenologia é um método alemão de pesquisa que busca descobrir a substância das coisas independente das essências ou circunstâncias que essa coisa possa vir acompanhada.
Embora segundo Kant essa substância ou noúmeno seja praticamente impossível de ser conhecida, a busca por ela deve ser perseguida e para isto a fenomenologia fornece as ferramentas que permitirão a essa pesquisa uma aproximação bem próxima do real. Naturalmente essa pesquisa fenomenológica deve ser acompanhada de rígida avaliação, afastando todo tipo de valor pessoal, social, ético que possa prejudicar o pesquisador. Do ponto de vista científico a fenomenologia é aceita sem a menor restrição, todavia nas ciências humanas os empecilhos são das mais variadas ordens. Sociólogos, assistentes sociais, historiadores se sentem impedidos de prosseguirem na caminhada fenomenológica face aos valores que teriam que desprezar. E que dizer dos teólogos? Por medo de arriscar a fé, de ser apontado como herege, os teólogos atuais dificilmente enveredam pelo caminho fenomenológico preferindo ficar no conhecimento de sombras (ver Platão), aceitando teorias defasadas, a se arriscar a ser “queimado” diante das tradições religiosas, e covardemente se acomoda ao que todos pensam ainda que ele saiba que está errado.
Nossa proposta é fazer uma fenomenologia de Deus, separando-o do jargão e axiomas denominacionais, e a semelhança dos que querem curar uma doença e colocam o vírus dentro de uma redoma para estudá-lo mais cuidadosamente, queremos tirar Deus deste complexo mundo de temas e títulos que nada dizem de sua natureza, de sua expansão que a lógica lhe dá e redomá-lo a uma compreensão do que realmente ele é. Alguém poderia objetar dizendo que estamos com os gnósticos que pretendiam descobrir quem é Deus filosoficamente. Nossa pretensão é mais modesta, não queremos saber quem Ele é e sim o que Ele significa para nós através do tratamento que lhe damos. Volto a dizer: não o que Ele é e sim como o vemos, que projeção tem de sua imagem.








O restante estará no desenvolvimento do tema.